“Fundamental para desenvolver o estado”, afirma Caiado sobre pavimentação da BR-030 até a Bahia

Um importante avanço na integração entre o estado de Goiás e a região Nordeste do Brasil será dado a partir da pavimentação da BR-030, em um trecho de 191,5 quilômetros entre as cidades de Mambaí (GO) e Cocos (BA). A avaliação é do governador Ronaldo Caiado, que participou do lançamento do edital de licitação da obra, na manhã desta quarta-feira ,22, no Ministério dos Transportes, em Brasília (DF).

O chefe do Executivo assinou o aviso de licitação como testemunha, durante cerimônia conduzida pelo ministro da pasta, Renan Filho, com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e do vice-governador de Goiás, Daniel Vilela.

BR-030

A rodovia federal possui importância estratégica, pois liga o estado ao Porto de Ilheus (BA) e à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). “Ela amplia o acesso ao Sul e Oeste baianos e dá maior facilidade para escoar toda a produção”, explicou o governador, em discurso.

O asfaltamento está incluído no Novo PAC e estimado em R$ 550 milhões. A expectativa é beneficiar, além de Mambaí, municípios como Formoso, Posse, Iaciara e Alvorada do Norte. De acordo com o ministro, o investimento da União “ajudará o agronegócio, o turismo e vai melhorar a mobilidade em todo o Brasil”.

“A estrada vai reduzir 200 quilômetros para quem quer chegar ao litoral, fora a questão de segurança, pois vai evitar acidentes e assaltos”, complementou Jerônimo Rodrigues.

“É uma obra sonhada por Mambaí e pelo agro de uma forma geral, pois o escoamento da nossa produção passa pelo município. Foram 50 anos esperando e agradeço muito o governador pelo empenho em levar essa demanda adiante”, disse o prefeito de Mambaí, Joaquim Barbosa Filho.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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