No município de Sorocaba, no estado de São Paulo, uma mãe descobriu um parafuso perdido no crânio de sua filha de dois anos, após uma radiografia feita no hospital em decorrência de uma queda na residência da família. A mãe afirma que o parafuso foi esquecido durante uma cirurgia que a criança foi submetida, que utilizou distratores no crânio. 

A cirurgia foi realizada em 2021 no município de Campinas, também no estado de São Paulo. Desde que foi informado sobre a existência do parafuso no crânio da criança, o hospital responsável pela cirurgia tem prestado todo auxílio para a mãe e para a criança que foi diagnosticada com a Síndrome de Pfeiffer, uma doença genética rara que causa má formação nos ossos do crânio. 

Devido à doença, a criança apresentou uma cranioestenose, o que tornou necessária uma cirurgia para corrigir a malformação dos ossos. A cirurgia custou R$ 100 mil, valor que foi adquirido pela família por meio de vaquinha online. Até a queda, a criança não apresentou nenhum problema relacionado ao parafuso em seu crânio, de acordo com relatório médico de um hospital em Londrina.

Mesmo assim, a criança foi levada para o hospital que realizou a cirurgia. O médico informou que o objeto estava próximo da pele, o que facilitaria a retirada durante a cirurgia. Ao realizar o procedimento, a equipe médica percebeu que o parafuso estava cravado no osso do crânio e que a retirada demandaria um procedimento mais longo. Em razão dos riscos da cirurgia, a mãe optou por não proceder com mais uma operação.

Nota do hospital

Em nota, o hospital Sobrapar, de Campinas, responsável pela cirurgia que permitiu que um parafuso ficasse no crânio da criança, se colocou à disposição da família. 

“Examinando a paciente no dia 10 de novembro de 2023, foi detectado que o parafuso poderia estar junto à pele e sugerida internação da paciente para exame cuidadoso. Assim, caso realmente o parafuso estivesse próximo a pele, poderia ser retirado, evitando novo exame de tomografia computadorizada”, afirma. 

De acordo com o hospital, o exame foi realizado em ambiente de centro cirúrgico, porém não foi possível localizar o parafuso. “Não foi realizada cirurgia na criança. A criança recebeu alta hospitalar no mesmo dia”, completou.