Facebook irá permitir que criadores de vídeos possam cobrar por assinaturas mensais

O Facebook anunciou nesta segunda-feira (19), que vai permitir que criadores de vídeos para a rede social cobrem mensalidades de seus seguidores. O programa de assinatura será um teste e liberado para poucos publicadores. Mas, mesmo assim é a segunda iniciativa da rede social para a criação de uma forma de produtores de conteúdo conseguirem ganhar dinheiro com isso.

A mudança de estratégia é uma forma de atrair criadores, em meio a uma disputa com o YouTube pela hegemonia em vídeos na internet. Apesar de ter restringido recentemente os parâmetros necessários para que um publicador ganhe dinheiro, a plataforma de vídeo do Google criou um ecossistema de suporte financeiro que permitiu o surgimento de uma onda de influenciadores digitais em diversas áreas. Os testes começarão nos próximos meses antes de o programa de assinaturas ser aberto para todos os criadores. De acordo com o site “Recode”, isso ocorrerá em meados de abril e permitirá cobranças de 5 dólares por mês.

O Facebook promete não reter nenhuma parte desse pagamento. Apple e Google, donos das lojas de aplicativos, porém, ficam com parte do valor pago, em percentuais que podem chegar até 30%. No começo do ano, a rede social já havia liberado um recurso que permitia enviar pequenas somas de dinheiro a produtores de vídeo durante transmissões ao vivo.

No mesmo anúncio, foi informado que existirá um painel de controle em que anunciantes podem escolher produtores de conteúdo que estejam em um segmento de interesse. O intuito é permitir mais facilmente que marcas interessadas em conteúdo patrocinado encontrem o publicador mais adequado. Outra novidade anunciada pela rede social é a criação de um sistema de gerenciamento de direitos para avisar os criadores de vídeos quando seus conteúdos forem pirateados.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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