Fernando Cozzetti depõe hoje na CEI das Obras Paradas de Goiânia

O ex-secretário de infraestrutura da Prefeitura de Goiânia Fernando Cozzetti será ouvido hoje pela Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga obras urbanas paralisadas em Goiânia. O secretário é o primeiro a ser ouvido pela Comissão que investiga mais de 40 obras iniciadas e não concluídas na capital.

“Precisamos esclarecer e obter informações precisas sobre o andamento das obras e o motivo de suas paralisações por tanto tempo. Alysson citou o caso da Maternidade Oeste que, segundo ele, já deveria estar pronta, mas cujas obras caminham “a passo de tartaruga, sem contar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA)”.

De acordo com vereador Alysson Lima (PRB), Cozzetti foi convidado a apontar dados e informações sobre as obras de responsabilidade da Prefeitura. “São mais de 40 obras nessa condição, envolvendo CMEIs, infraestrutura, drenagem, pavimentação de bairros, praças, bem como Marginal do Botafogo, Cascavel e BRT”. O parlamentar disse ainda que apenas a interrupção da construção do BRT causa um prejuízo mensal superior a R$ 1,2 milhão aos cofres municipais. “Seriam R$ 40 milhões por gestão”, acrescentou.

Integram a Comissão os vereadores: Alysson Lima (PRB), GCM Romário Policarpo (PTC), delegado Eduardo Prado (PV), Felisberto Tavares (PR), Sabrina Garcêz (PMB), Milton Mercês (PRP), e Paulinho Graus (PDT). Suplentes Wellington Peixoto (MDB), Paulo Daher (DEM), Léia Klebia (PSC), e Priscilla Tejota (PSD).

Patrícia Santana

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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