Corpo de adolescente que desapareceu ao buscar a irmã na escola é encontrado

adolescente

Na tarde deste sábado,2, a Polícia Civil (PC) confirmou que o corpo encontrado no Parque Hayala em Aparecida de Goiânia é da jovem Amélia Vitória, que estava desaparecida desde a última quinta-feira,30 após sair de casa para buscar a irmã na escola.

O corpo foi encontrado a 4km do local de busca e estava enrolado em um lençol próximo ao colégio Mônica Tomaz da Silva.

Segundo o G1, a Polícia Científica fez a identificação do corpo através do exame de papiloscópica, no qual se utiliza a impressão digital para reconhecer a vítima.

Ainda de acordo com o portal, antes da confirmação, o pai de Amélia, Willian Alves, havia reconhecido as roupas que a jovem havia vestido no dia do desaparecimento.

“A calça é dela, o cabelo é dela. Eles não querem deixar eu ver agora, só lá no IML. Eu vou lá só para ter a certeza. A calça fui eu que comprei”, disse.

Confira a nota da Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia – 2ª DRP, confirma que o corpo encontrado na tarde deste sábado (2), no Parque Hayala, é o da adolescente Amélia Vitória. O trabalho policial continua no sentido de investigar o que aconteceu com a jovem e identificar o suspeito do crime.

Entenda o Caso

A tia da adolescente, Cristiane Moreira, relatou que Amélia não estava com o celular, pois, devido à chuva na hora da saída, preferiu utilizar o telefone da mãe. Segundo ela, a jovem realiza esse percurso diariamente há aproximadamente três meses.

Anteriormente, Amélia costumava fazer o trajeto de bicicleta, mas, devido a problemas mecânicos, optou por ir a pé no dia. A família percebeu a ausência dela quando a escola da irmã mais nova ligou informando que ninguém compareceu para buscá-la. Desde então, iniciaram-se as buscas para encontrar o paradeiro da adolescente.

“Nós refizemos o caminho, ligamos para as amigas dela, pedimos imagens das câmeras no caminho. Todas as imagens que temos, nós que conseguimos. A polícia conseguiu a do posto, que é a última imagem que temos dela”, afirma Cristiane.

A tia ainda relatou que Amélia é uma garota que não é rebelde e não teria motivos para fugir. “não tem namoradinho nenhum. Não foi por rebeldia, até porque não era o perfil dela. Ela sempre foi bem tranquila, muito calma, nunca deu trabalho nenhum. Ela é uma menina bem na dela, de poucos amigos e super carinhosa, super amiga, com todo mundo. Sempre era muito instruída”, completou.

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Ministro do STJ diz que autismo é ‘problema’ e que clínicas são ‘passeios’

Na última sexta-feira, 22, durante um evento em São Paulo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, fez declarações polêmicas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Saldanha afirmou que o autismo é um “problema” e que as clínicas especializadas em tratamento promovem “passeios na floresta” para as crianças.
“Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa,” disse Saldanha durante o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde. Essa comparação gerou forte reação entre os presentes e na comunidade autista.
 
A advogada Aline Plentz, que coordena um grupo que luta pelos direitos de pessoas autistas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jabaquara (SP), se sentiu ofendida pelas palavras do ministro. “Eu, como mãe de um autista, me senti totalmente ofendida. Não é uma tristeza ter uma pessoa com deficiência na família. Tristeza é ter um ministro nos representando e ter uma fala tão infeliz como esta,” destacou.
A promotora de Justiça do Amapá, Fábia Nilci Santana de Souza, também criticou as declarações de Saldanha. “Foi muito infeliz a fala, quando ele mencionou que, aos pais, era muito cômodo encaminhar os filhos para uma clínica, para ficarem 6 ou 8 horas. Eu tenho um filho autista de 17 anos, ele sofre por isso, a família sofre. E não existe a família ficar feliz quando tem um filho com transtorno que sofre discriminação, sofre exclusão,” disse.

Crítica à Lei Romário

Durante a palestra, transmitida no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Saldanha criticou a Lei Romário, que instituiu critérios para que beneficiários de planos de saúde possam solicitar a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder [tratamento],” explicou.
Saldanha também afirmou que “qualquer um” pode ter “fator de autismo”. “Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de autismo.”
 
O autismo, segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. As características incluem dificuldade de comunicação, socialização e comportamento limitado e repetitivo. Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

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