No início deste mês de dezembro, a polícia na Rússia realizou uma operação nos comércios e estabelecimentos que atendem o público LGBTQIA+, cumprindo a proibição do “movimento internacional LGBT” que o rotulou de “extremista”. A operação da polícia foi divulgada pela imprensa russa.
No dia 1º de dezembro, os veículos de comunicação do país noticiaram quatro operações em estabelecimentos na capital Moscou. A justificativa da polícia é o combate ao tráfico de drogas. A proibição partiu da Suprema Corte que enviou uma mensagem de medo para a comunidade LGBTQIA+ da Rússia.
De acordo com o portal de notícias, Sota Vision, informou que a operação policial aconteceu na casa noturna Central Station, Clube Secreto, Mono Bar e no Hunters Party, todos em Moscou.
A repressão por parte das autoridades e pelo Poder Público tem se intensificado nos últimos anos, especialmente pelo presidente, Vladimir Putin, reforçar sua imagem enquanto “defensor dos valores morais tradicionais” em oposição ao liberalismo ocidental.
Ainda segundo o Sota Vision, o Ministério da Justiça entrou com uma ação no Supremo Tribunal da Rússia, no último dia 17 de novembro, exigindo que o “movimento LGBT público internacional” fosse reconhecido como uma organização extremista.
Ainda em novembro, cinco ativistas pelos direitos das pessoas da sigla formaram o “movimento LGBT internacional” para representar os interesses da comunidade como parte interessada no caso que está na Suprema Corte.
Após a operação policial nos estabelecimentos LGBTQIA+ na Rússia, russos residentes em Londres se manifestaram, no último domingo, 3, com cartazes “Liberdade de amar não é extremismo” e “Morte do ser humano”, em frente à embaixada da Rússia na Inglaterra.