Falta de orientação sobre lixo e saneamento podem levar Goiânia a escassez de água, aponta UFG

Um diagnóstico realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI), afirma que toda a região metropolitana de Goiânia pode sofrer escassez de água. Realizado por 38 pesquisadores e coordenado por professores da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA/UFG), o estudo observou que questões como a falta de conhecimento da população sobre as condições de saneamento, depósito e reaproveitamento de lixo são alguns dos principais fatores preocupantes.

Outro ponto analisado pelos pesquisadores é a expansão de cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Bela Vista, feitas sem considerar as condições locais de abastecimento. Os cursos d’água superficiais e o lençol freático vêm sendo desgastados a tal ponto que a crise hídrica está prestes a sair do controle, principalmente nos períodos da seca.

A “mancha urbana” se espalha, as construções avançam de forma desordenada sobre áreas que não necessariamente possuem pontos públicos de captação de água e se faz cada vez mais necessária a perfuração profunda do solo. Territórios vão se tornando impermeáveis e aumentando as chances de assoreamento e erosão. O desmatamento crescente também está entre as causas. Menos de 25% da Grande Goiânia, cuja área é de 7.397,203 km², são de mata remanescente do Cerrado. O restante se encontra em pastagens, lavouras e áreas construídas.

O levantamento aponta que, no âmbito do uso da água, existem dificuldades no diálogo entre municípios e concessionária. Não acontece vistoria regular das outorgas e a população não é bem informada quanto ao saneamento e a distribuição das redes de água e esgoto. Esse uso incorreto e falta de planejamento estão impactando diretamente os ecossistemas que fazem circular a água.

O relatório completo está disponível neste site da Prefeitura de Goiânia. (Via UFG)

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Goiás lidera crescimento econômico nacional com 3,5% em setembro

Goiás se destacou mais uma vez como o líder do crescimento econômico nacional em setembro, com um aumento de 3,5% na variação mensal, comparado ao mês de agosto. Este crescimento é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 0,8% no mesmo período. As informações são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
 
A atividade econômica goiana também apresentou um significativo avanço interanual, com um crescimento de 4,7% em setembro de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o avanço goiano foi de 3,8%, enquanto no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 2,4%.
 
O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, atribuiu o crescimento observado a investimentos estratégicos e setores em ascensão. “Mais uma vez a economia em Goiás se destaca entre as demais unidades federativas com o índice divulgado. O crescimento observado é fruto de investimentos estratégicos e setores em ascensão que contribuem para o nosso desenvolvimento econômico,” afirmou.
 
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) é um indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é utilizado para monitorar o desempenho da economia em bases mensais. Ele mede a evolução da atividade econômica, considerando dados de setores como indústria, comércio e serviços.

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