Pesquisa inédita encontra cannabis em ossos humanos do século 17

Uma pesquisa inédita realizada por pesquisadores da Universidade de Milão, na Itália, encontrou evidências de tetraidrocanabinol (TCH), componente psicoativo da maconha, em ossos humanos de moradores italianos durante a Idade Moderna. A descoberta foi divulgada no último dia 11 de outubro, em um periódico do Journal of Archeological Science.

Entenda melhor a situação

Na pesquisa, os investigadores consultaram ossadas femorais de pessoas enterradas na cripta de um hospital durante o século 12 em Milão. Os estudos suspeitam que as substâncias encontradas de cannabis eram usadas como forma recreativa, mas a hipótese de uso também por via involuntária, como medicamentos para tratamento de doenças, não foi descartada.

Segundo Gaia Giordano, que participou da pesquisa, foram testados nove esqueletos de pessoas enterradas na cripta do hospital. “Os indivíduos escolhidos para esta pesquisa representam um corte transversal da classe social pobre de Milão, curados no hospital Ca’ Granda”, relatam os autores do estudo.

As amostras de ossos foram pulverizadas, separadas e purificadas antes de serem liquefeitas e submetidas à espectrometria de massa para identificar a presença de componentes químicos. Com o resultado, foram reveladas a presença de dois canabinoides (Delta-9- tetrahidrocanabinol e canabidiol) da maconha em duas das nove amostras ósseas: nos fêmures de um homem jovem e de uma mulher de meia idade.

“A documentação relativa à farmacopeia utilizada no tratamento dos pacientes do Ca’ Granda ainda está presente no arquivo do hospital. Porém, esta planta não constava da farmacopeia, sugerindo que não foi administrada como tratamento médico na época no hospital”, divulgou os pesquisadores.

A médica legal e antropóloga forense da Universidade de Milão, Cristina Cattaneo, acredita que os indivíduos usavam cannabis para “uso pessoal” na época, já que a maconha poderia ser um meio encontrados pelas pessoas para fugirem da realidade em que viviam. “Fome, doenças, pobreza, higiene praticamente inexistente. Certamente, Milão nunca esteve em condições tão críticas como no século 17. Nem mesmo na Idade Média”, reflete Cattaneo.

Esta é a primeira detecção de cannabis em vestígios osteológicos humanos históricos e arqueológicos encontrados por pesquisadores.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos