Estado e produtores discutem futuro do agronegócio goiano

A força dos sindicatos rurais e das lideranças do agronegócio foi destacada pelo governador Ronaldo Caiado durante o Encontro Estadual de Líderes do Agro 2023, realizado no último sábado, 9, em Goiânia.

“Sindicatos fortes possuem atuação determinante nos municípios. Com o trabalho deles, desenvolvendo técnicas mais modernas e apoiando os produtores, o agro garante a Goiás um PIB acima do nacional”, afirmou.

Caiado ressaltou que Goiás cresceu 6,6% em 2022, enquanto o Brasil avançou 2,9% em termos de PIB no mesmo período. O estado ocupa a terceira posição no ranking de maiores produtores de grãos do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.

Na pecuária, também está entre os três primeiros com 24,4 milhões de cabeças, maior número registrado no estado desde 1974.

FORTALECIMENTO

Para o governador Ronaldo Caiado, a atuação dos sindicatos, a educação profissionalizante voltada ao homem do campo e o apoio do Governo de Goiás fortalecem o setor.

Posição também defendida pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner. Segundo ele o ano “foi de muitos desafios, paulatinamente superados de forma conjunta”.

O evento reuniu cerca de 2,5 mil pessoas entre técnicos, instrutores, mobilizadores e dirigentes sindicais. Realizado pela entidade de classe, teve como objetivo dar destaque às diferentes cadeias produtivas em todas as regiões goianas. Neste ano, a temática abordada foi “Do pequeno ao grande, Goiás é agro”.

“Há um reconhecimento dos grandes centros do Brasil quanto à pujança do agro goiano. Isso nos orgulha, mostra a eficiência que temos, a produtividade que alcançamos e o que nos tornamos. É importante falar que nada disso aconteceu por acaso. Tudo foi planejado, bem feito”, frisou o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela.

Entre outras ações voltadas ao agro, no mês passado, o Governo de Goiás propôs ao Ministério do Desenvolvimento Regional a criação de uma linha de crédito específica para a bovinocultura leiteira no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

Para garantir os investimentos, R$ 300 milhões dos recursos disponíveis via FCO já estão travados para projetos do segmento.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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