Alimentos e bebidas puxam alta da inflação de novembro

Alimentos e bebidas foram os itens que mais pesaram no bolso do consumidor em novembro. A inflação do mês alcançou 0,28% no mês, superando a taxa de outubro em 0,04 ponto percentual. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 12.

O grupo de alimentos e bebidas registrou variação de 0,63%, influenciado por condições climáticas afetando a colheita. No acumulado do ano, a inflação atinge 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses fica em 4,68%, abaixo dos 4,82% do período anterior.

Seis dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, com a alimentação e bebidas liderando, registrando variação de 0,75%. Itens como cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%) e carnes (1,37%) contribuíram para esse aumento, enquanto tomate (-6,69%) e cenoura (-5,66%) registraram quedas.

Quem gosta de um bom restaurante também sentiu mudança. A alimentação fora do domicílio registrou alta em novembro, de 0,32%, mas desacelerou em relação ao mês anterior, quando teve expansão de 0,42% nos preços. A alta da refeição (0,34%) também foi menos intensa que a registrada em outubro (0,48%).

O grupo de Habitação teve alta de 0,48%, impulsionado por reajustes em serviços públicos, especialmente na energia elétrica residencial, que fechou o mês com preços 1,07% acima do mês anterior, por conta dos reajustes aplicados em quatro cidades.

Uma delas, Goiânia (6,13%), com reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; em Brasília (4,02%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; em São Paulo (2,80%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro; e em Porto Alegre (0,91%), de 1,41% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro.

Transportes, por sua vez, aumentaram 0,27%, destacando-se o aumento nas passagens aéreas (19,12%) e a redução nos preços dos combustíveis. O grupo ainda foi afetado pela alta do táxi (2,22%), que decorre dos reajustes de 6,67% aplicado em São Paulo (6,02%), a partir de 28 de outubro, e de 20,84% aplicado em Porto Alegre (5,69%), a partir de 9 de outubro.

Diferenças Regionais

O Rio de Janeiro liderou as variações regionais com uma inflação de 0,57%, influenciada por passagens aéreas e taxa de água e esgoto. Em contrapartida, São Luís apresentou uma queda de 0,39%, principalmente devido à redução nos preços da gasolina.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,10%, acumulando 3,14% no ano. Destaca-se a variação de 0,57% nos produtos alimentícios, contrastando com a variação negativa de 0,05% nos não alimentícios.

As variações nos índices apontam desafios econômicos, com a alimentação e habitação sendo os principais impulsionadores. A análise regional destaca disparidades, exigindo medidas específicas para cada área.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp