Dono de laboratório e biomédico são presos suspeitos de falsificar a realização de exames

Dono do Laboratório Previna, Selim Jorge e biomédico que trabalhava no local foram presos nesta quinta-feira (22), por falsificar a realização de exames, no Setor Aeroporto. Segundo o delegado titular do 1º DP de Goiânia, Izáias Araújo Pinheiro, dois maquinários estavam quebrados e os exames que deveriam ser feitos por eles, “eram realizados no olhômetro”. Além dos exames particulares feitos no laboratório eles também realizavam atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Foram encontrados pela Polícia Civil, além das maquinas estragadas, materiais de coleta que foram reutilizados várias vezes e vários reagentes vencidos. “Haviam reagentes com mais de dez anos de vencimento”, afirma o delegado. Foram encontrados alimentos em uma das três geladeiras que armazenavam os sangues, urinas e fezes coletadas.

A polícia suspeita que essa prática vem acontecendo desde 2015, nesse laboratório que existe há 40 anos. Para o delegado Izáias, quem é lesado é o INSS, já que segundo ele quase 100% dos exames eram realizados pelo SUS e os pacientes não receberam laudos corretos.

Ainda de acordo com o delegado, três ficais da Vigilância Sanitária já haviam avaliado o local, que ficou interditado durante Abril de 2017, fizeram adequações e retornaram em junho. Na semana passada os ficais retornaram no local e hoje novamente acompanhados da polícia.

Após a prisão os dois homens ficam a disposição do poder judiciário e vão responder por crime contra a saúde pública, fraude e falsificação de documentos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp