No total, os brasileiros investiram um montante de R$ 5,5 trilhões em setembro de 2023, representando um aumento de 9,7% em relação ao fechamento do ano passado. O montante engloba os segmentos tradicional, varejo alta renda e private. As informações são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que aponta o varejo alta renda com o maior crescimento, de 12,3%, sobre o final do ano passado.
Entenda
A entidade indica ainda que mais da metade dos investimentos dos brasileiros estava aplicada em títulos e valores mobiliários, o que equivale a R$ 2,8 trilhões, em setembro passado. Em contrapartida, a Anbima estima que um dos investimentos mais tradicionais dos brasileiros, a poupança, recuou 3,8%, com montante em R$ 912,9 bilhões.
“A poupança está ganhando mais concorrência. À medida que os investidores ampliam seus conhecimentos sobre educação financeira, vão direcionando os recursos para aplicações mais rentáveis. Os investidores que usam a poupança como uma conta corrente consomem esses recursos em momentos de aperto financeiro, de juros altos e de aumento de no índice de endividamento das famílias”, afirma Luciane Effting, vice-presidente do Fórum de Distribuição da Anbima.
Entre os principais índices de crescimento dos investimentos no País, o Ibovespa fechou, nesta segunda-feira, 18, em alta, no patamar de 131 mil pontos, maior nível para um fechamento em toda a história. Com isso, o Ibovespa supera o fechamento da última quinta-feira, 14, quando alcançou 130 mil pontos no final do pregão.
Esse avanço da bolsa de valores leva os bancos a reverem suas perspectivas e projeções para a bolsa e para inflação em 2024. De acordo com análise técnica do Itaú BBA, os novos recordes alcançados pelo Ibovespa sinalizam que o mercado pode assumir mais riscos, projetando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% para o próximo ano.
Já a análise do Santander projeta que a bolsa de valores pode alcançar 160 pontos em 2024, partindo da observação do cenário-base de mais queda de juros no Brasil, início de flexibilização monetária nos Estados Unidos e aumento do lucro das empresas nacionais. Para 2024, a projeção do Santander para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 é um crescimento de 1,2 em relação a 2023 e IPCA-IBGE, de 3,9.