Presos suspeitos de furtar placa com obra de Banksy de R$ 3 milhões

Neste fim de semana, dois indivíduos foram detidos em Londres, acusados de furtar uma valiosa obra de Banksy, renomado artista de rua. A placa, estimada em £ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões), trazia a imagem de três drones militares sobre um sinal de pare vermelho e surgiu na Commercial Way, Peckham, na última sexta-feira, 22.

A autoria da obra foi confirmada no mesmo dia, destacando seu valor artístico e sugere um apelo ao cessar-fogo na Faixa de Gaza.

 

 

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Imagens divulgadas nas redes sociais revelam os suspeitos utilizando um alicate para arrancar a placa, levantando questões sobre a segurança das criações de Banksy.

No sábado, a polícia de Londres efetuou a prisão de um homem na casa dos 20 anos, suspeito de roubo e danos criminais, seguido pela detenção do segundo envolvido. Este incidente reaviva preocupações em torno das obras de arte de Banksy, que já teve peças roubadas no passado, incluindo uma homenagem no Bataclan, em Paris.

O artista, cuja identidade permanece envolta em mistério, continua a desafiar as convenções, enquanto suas criações, agora alvo de roubos, ressaltam não apenas sua importância cultural, mas também o desafio de preservar o patrimônio artístico em espaços públicos.

 

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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