Maioria dos refugiados no Brasil é composta por venezuelanos

Maioria dos refugiados no Brasil são venezuelanos, aponta Comitê Nacional para Refugiados

Até o último mês de novembro, o Comitê Nacional para Refugiados, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), aprovou mais de 117 mil pedidos de refúgio para estrangeiros no Brasil. Entre as nacionalidades com maior número de pedidos de refúgio estão venezuelanos, haitianos e cubanos. 

A Venezuela apresenta o maior número de pedidos, sendo mais de 96 mil solicitações. Ainda há os pedidos em processamento no Comitê, entre os quais os venezuelanos também são maioria. 

Tais números são explicados não somente pela crise econômica vivida pela Venezuela, bem como pela ameaça do governo venezuelano em invadir a Guiana para reivindicar um território do país vizinho, Essequibo. O governo venezuelano propôs uma lei para declarar a criação de um Estado no território, “Guiana Essequiba”, como um estado venezuelano. 

Total de refugiados no Brasil

No total divulgado pelo Comitê, são mais de 710 mil pessoas em necessidade de proteção internacional vivendo no Brasil. Elas são naturais de 163 nacionalidades diferentes ao redor do mundo. Dessas mais de 710 mil, apenas 134 mil já são reconhecidas como refugiadas no País. 

Fora os países latinos já citados e a Colômbia , outras nacionalidades cujos refugiados estão no Brasil são Angola, Afeganistão, Síria, Líbano, República Democrática do Congo, China, Nepal, Ucrânia, Índia, Nigéria e Marrocos. A maior parte dos motivos de reconhecimento dado pelo Comitê Nacional para Refugiados é a grave violação de direitos humanos e opiniões políticas. 

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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