Obras de arte nas mais diferentes linguagens e técnicas, com temáticas instigantes e até improváveis. É o que o público apreciará ao visitar as galerias de arte geridas pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) neste mês de janeiro. Ao todo, são cinco exposições distribuídas pela Vila Cultural Cora Coralina e pelo Centro Cultural Octo Marques, localizados no centro de Goiânia. A entrada em ambas as unidades é gratuita e as visitações seguem abertas todos os dias da semana, das 9h às 17h. Os espaços também são pet friendly.
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, comemora a quantidade de mostras já no início do ano. “Entrar 2024 com as nossas galerias abarrotadas de arte é a prova de que fizemos o dever de casa em 2023, com dinamicidade e mais democratização do uso dos espaços”, ressalta. A titular adianta que para este ano, os espaços culturais manterão o ritmo e que as agendas já começaram a ser preenchidas. “Estamos com o agendamento aberto de uso das unidades e todos os detalhes de como solicitar estão explicados no site da secretaria”, reforça.
Diversidade
Na Vila Cultural Cora Coralina, estão em cartaz três mostras. “Memórias do Interior e Bruxismo Estrutural”, de Marcelo Maróstica, reúne 11 obras entre instalações, esculturas, colagens, lambe-lambes e fotografias que referenciam a arte urbana e transitam pela contemporaneidade. O artista, que também é dentista, resgata memórias afetivas de sua infância e faz uma simbiose entre a figura humana, os corpos de animais e ainda arcadas dentárias como rostos humanos em suas colagens. A curiosa exposição está montada na Sala Sebastião Barbosa e foi prorrogada até 20 de janeiro.
Cenários inusitados em que seres alienígenas, discos voadores e outros objetos vindos do espaço convivem naturalmente com pessoas e bichos no ambiente rural ou no pacato cotidiano das cidadezinhas do interior é o que a arte do artista plástico brasiliense Demir apresenta. Sua primeira grande exposição individual, “Contatos imediatos”, reúne 70 trabalhos e fica em cartaz até 26 de janeiro, na Sala Antônio Poteiro.
E, no dia 29 de janeiro, será inaugurada a mostra “Pé de pau em mato verde – detalhes e fragmentos”, de Jader Mendonça. São aproximadamente 50 quadros com dimensões variadas, em acrílica sobre telas, com predominância da cor verde, em pequenos recortes de recantos e cantos do cerrado, das matas e dos jardins. A Vila Cultural Cora Coralina fica na Rua 23 com a Rua 3, Centro, ao lado do Teatro Goiânia.
Contemporaneidades
No Centro Cultural Octo Marques, estão em cartaz as exposições “Representações e Abstrações”, fotografias de Rosa Berardo, até 12 de janeiro; e “Pantera Solidão”, de Benedito Ferreira, até 09 de fevereiro.
A mostra fotográfica de Rosa Berardo conta com curadoria de Antonio da Mata e reúne alguns dos milhares de registros etnográficos do Alto e do Baixo Xingu. São 40 fotografias entre preto e branco e coloridas, que entregam ao público um contraponto da etnografia xinguana do final da década de 80 à mais recente (2020 e 2021).
“Pantera Solidão” teve curadoria de Divino Sobral e traz um conjunto de 39 obras inéditas de Benedito Ferreira, que permite um mergulho no mundo do artista a partir de arquivos fotográficos e audiovisuais coletados em mais de uma década. O Centro Cultural Octo Marques fica no edifício Parthenon Center, na Rua 4, n° 515, Setor Central, Goiânia.