Governo promove ações para minimizar riscos de exposição a agrotóxicos

Com Goiás na terceira posição de maior consumidor de agrotóxicos no Brasil – que, por sua vez, lidera esse ranking no mundo –, são preocupantes as consequências do uso desses produtos na saúde pública. Este ano o Estado registrou 480 casos de intoxicação por agrotóxicos, que também impactam o meio ambiente e estão relacionados a problemas de saúde, como o câncer.

Os dados foram apresentados no 2º Seminário Agrotóxicos e Saúde, realizado pela Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (Suvisa/SES). O evento é alusivo ao Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos, 03, instituído após o vazamento em fábrica de agrotóxicos na Índia, em 1984, que matou cerca de 25 mil pessoas.

“Nos seis últimos anos houve uma entrada massiva de agrotóxicos, inclusive alguns proibidos em outros países. E, com certeza, trazem impactos para o solo, água, ar e alimentos que nós ingerimos”, afirmou a gerente de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES, Edna Covem. Ela lembrou ainda dos impactos no SUS. “As consequências do uso indiscriminado vão chegar nas unidades de saúde, na reabilitação e na recuperação das pessoas que estão contraindo doenças graves e crônicas.”

O evento ainda abordou a manipulação incorreta do produto, o não uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados entre os agricultores e como o descarte indevido das embalagens eleva o risco.

IMPACTO

Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG), apresentada no seminário, mostrou os impactos dos agrotóxicos para a saúde de trabalhadores rurais, que desenvolveram câncer após exposição a esses produtos. A pesquisa faz o acompanhamento do tratamento dessas pessoas no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia.

Ao todo, foram avaliados os prontuários médicos de 1.453 pacientes entre os anos de 2010 e 2021. “A maioria desses trabalhadores chega no serviço de saúde já muito doentes”, afirmou a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFG, Daniela de Melo e Silva. “De 85% a 90% dessas pessoas (acompanhadas no projeto) foram a óbito”, acrescentou.

Para mitigar esses riscos, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) está implantando a Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) no estado, programa do Ministério da Saúde. Já foram elencados 47 municípios prioritários, que estão em processo de adesão voluntária ao projeto.

A pasta também atua com capacitações de profissionais de saúde para a efetiva vigilância do problema. Foi criado também o Fórum de Saúde do Trabalhador Rural, que tem a exposição aos agrotóxicos como uma das linhas de atuação, e conta ainda com o Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeg).

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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