A DEMA (Delegacia Estadual de Meio Ambiental) da Polícia Civil concluiu hoje (06), um inquérito instaurado em junho de 2016 sobre uma denúncia de irregularidades ambientais em uma fazenda na cidade de Jussara. Segundo o delegado responsável pelo caso, Luziano Carvalho, o produtor responsável pela fazenda terá que pagar uma multa de mais de R$ 4,3 milhões pelos danos contra o meio ambiente.
Ele disse que foram instaurados vários inquéritos na região e comentou sobre algumas irregularidades encontradas. “A Polícia Técnica e a Polícia Civil estiveram no local. Juntamos os laudos e vários documentos que compravam os crimes ambientais. Iniciando por desmatar reservas, supressão de reservas ambientais para construção de barragens. Utilização de Áreas de Preservação Permanente onde se foi feito um dreno para utilização de pivôs centrais”.
Além disso, um canal foi feito sem licença para captar água diretamente do Araguaia com uma extensão de oito quilômetros. O delegado ainda falou sobre como o produtor costumava agir. No total de quatro pivôs centrais. “O empreendedor habitualmente começava as atividades sem licença e depois procurava regularizar de forma fracionada, ou seja, ficava irregular”.
Luziano ainda falou sobre o uso indevido de recursos naturais. “O Código Florestal obrigou o proprietário a regularizar suas áreas e não estamos vendo isso na prática. É preciso recuperar para depois explorar. Lagoas e nascentes já deixaram de existir”.
Segundo o delegado, esse é o maior número de pivôs centrais irregulares em uma propriedade no Estado de Goiás. A fazenda produz milho e soja. Já a pena para o produtor pode chegar a nove anos e meio de cadeia.