Irmão de Suzane von Richthofen tem dívida milionária e está desaparecido

O irmão de Suzane Von Richthofen, Andreas Von Richthofen, de 36 anos, está desaparecido. Mais de duas décadas depois do crime que chocou o país, o único herdeiro da fortuna valiosa da família, abandonou vários imóveis dos pais e acumula dívidas que chegam a R$500 mil.

Andreas ganhou, na época, o direito de herdar toda a fortuna dos pais, avaliada em R$10 milhões. Entre os bens da herança estavam carros, seis imóveis, terrenos, a mansão que a família morava que foi vendida em R$1,6 milhão e dinheiro em aplicações no banco.

Segundo a coluna “True Crime”, do jornalista Ulisses Campbell, Andreas atualmente enfrenta 24 ações na Justiça de São Paulo por dívidas de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e condomínios atrasados, somando um montante de R$500 mil devidos.

 De acordo com a coluna, duas das seis casas herdadas por Andreas chegaram a ser invadidas por “falsos sem-teto” — pessoas que entram nas casas sem arrombar portas e portões, reformam o local e passam a morar de graça até o proprietário reivindicar o imóvel. Uma delas é o imóvel que a família morou antes de se mudar para o local em que o casal foi assassinado. Esta casa fica localizada na Vila Congonhas, em São Paulo, e é avaliada em um milhão de reais. Durante este tempo, duas empresas se instalaram no local e, após a saída delas, Andreas recusou propostas de compra e abandonou o imóvel. Recentemente, uma família se instalou lá clandestinamente. Outros dois imóveis dos Von Richthofen também já foram ocupados por invasores

Durante a pandemia, Andreas se refugiou em um sítio da família em São Roque. A propriedade fica isolada e é de difícil acesso. Oficiais da Justiça tentam localizá-lo para notificá-lo sobre os processos, mas sem sucesso.  Andreas está “quase incomunicável”. De acordo com relatos, ele vive sem telefone e internet.

Procuradores da cidade de São Paulo afirmam que vão preparar ações com o objetivo de levar os imóveis de Andreas a leilão, devido à recusa para quitar os débitos. Amigos e pessoas próximas dizem que Andreas sumiu de vez em janeiro de 2023, quando Suzane passou a cumprir o restante dos 40 anos de prisão em liberdade. A advogada de Suzane teria feito vários contatos com Andreas durante este período, tentando um encontro entre os irmãos, mas não teve sucesso.

Os dois nunca se encontraram desde que Suzane foi presa em 2002.

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.

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