Trump vence primeira prévia das eleições para nomeação no Partido Republicano

Projeções do jornal New York Times e da rede CNN confirmaram nesta segunda-feira, 15, a vitória de Donald Trump na primeira batalha pela nomeação republicana na corrida pela Casa Branca, em Iowa. Os votos ainda estão sendo apurados e a atenção volta agora para o tamanho da vantagem entre o ex-presidente e o segundo colocado da posição: Ron DeSantis ou Nikki Haley.

A projeção foi confirmada durante uma reunião com hora marcada onde os eleitores presentes escolhem um candidato do Estado. A escolha surpreendeu devido ao alto número de eleitores presentes, mesmo quando a região predominantemente conservadora registrou sensação térmica de até -40º C em algumas áreas.

Trump aproveitou o resultado para agradecer “ao grande povo de Iowa” e parabenizar os concorrentes. “Eu realmente acho que agora é hora de todos, nosso país, se unirem”, disse ele. “Queremos nos unir, seja republicano, democrata, liberal ou conservador”.

Já o diretor da Make America Great Again Inc, comitê de financiamento de campanha de Trump, Alex Pfeiffer, aproveitou o resultado para dizer aos concorrentes que “é hora de Nikki Haley, DeSantis e Vivek Ramaswamy encararem a realidade e parar de perdem tempo e dinheiro”.

Outros candidatos

Através das redes sociais, DeSantis agradeceu os eleitores pelo segundo lugar e disse que sua campanha representa esperança para o futuro do país norte-americano. “Por causa do seu apoio, apesar de tudo o que eles jogaram contra nós, todos contra nós, tivemos nossa passagem para fora de Iowa”, disse o político.

O candidato, que é governador do estado da Flórida, derrotou por pouco a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, com mais de 21% dos votos. No entanto, a adversária espera encontrar melhores resultados nas primárias de New Hampshire na próxima semana.

A primeira prévia do partido Democrata, do qual o atual presidente dos EUA, Joe Biden, faz parte, será divulgada em 23 de janeiro em New Hampshire.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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