Candidatos que pretendem concorrer às eleições tem até dia 7 para deixar funções públicas

Todos os candidatos que ocupam função pública de secretariado ou mandato eletivo de governador, prefeito, deputado ou senador tem até o dia 7 de abril para se desvincular das atuais funções públicas

Quem pretende concorrer às eleições de 2018 precisa ficar atento às fases do processo da disputa eleitoral que vai desde a filiação partidária até a diplomação e posse dos eleitos. Especialmente, candidatos aos cargos de: presidente da república, senador, governador, deputado federal ou estadual, que já ocupam cargo ou função pública devem ficar atentos aos prazos de desincompatibilização de seus respectivos cargos ou funções.

O advogado especialista em direito eleitoral, Dyogo Crosara lembra que um dos requisitos primários ao registro de candidatura se concentra na desincompatibilização para não correr o risco de se tornar inelegível. “Desincompatibilização é o ato jurídico do afastamento definitivo de todo e qualquer cargo, função ou emprego na administração pública direta ou indireta, mediante renúncia, exoneração ou licença para concorrer à eleição pretendida”, explica.

A lei da inelegibilidade delibera prazos diferenciados de desincompatibilização que varia de 3 a 6 meses antes das eleições. A legislação eleitoral determina que todo e qualquer cidadão que ocupa função pública de secretariado ou mandato eletivo de governador, prefeito, deputado ou senador, deve se desvincular das atividades públicas no prazo máximo de 6 meses antes das eleições. Ou seja, eles têm até o dia 7 de abril para se abandonar as atuais funções.

O servidor público em sentido amplo e que pretende ser candidato nessas eleições, terá um prazo para se desincompatibilizar de 3 meses antes das eleições. A legislação impõe ao candidato que o ato de desincompatibilização deve ser expresso em documento hábil a comprovar o afastamento no prazo legal. Por outro lado, a jurisprudência tem aceitado o afastamento de fato como elemento capaz a comprovar a desincompatibilização, à exceção dos servidores ocupantes de cargos comissionados.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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