Um bebê de apenas dois meses perdeu a vida após ser deixado em casa sob os cuidados de sua irmã de dois anos, enquanto a mãe, o pai e o padrasto saíam para consumir bebida alcoólica em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Conforme relato da Polícia Civil (PCGO), a mãe foi detida sob a acusação de abandono de incapaz.
A investigação está a cargo da delegada Thaynara Andrade, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida.
A delegada relata que a polícia foi acionada quando o bebê foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Residencial Brasicon no domingo, 14. A criança chegou à unidade ainda com vida, porém com o corpo já rígido, frio, azulado e apresentando sangramento no nariz.
Andrade explica que, apesar das tentativas de reanimação por parte dos médicos, a criança não resistiu. O laudo para determinar eventuais lesões ainda está pendente. Em entrevista à CBN Goiânia a delegada ainda ressalta que: “O médico tentou reanimar a criança, mas ela morreu. Ainda não sabemos se ela teve alguma lesão, somente o laudo para verificar isso”.
Após a trágica morte do bebê, a mãe, o pai e o padrasto foram conduzidos à delegacia. A mãe relatou à polícia que deixou o bebê e a irmã de 2 anos dormindo em casa e saiu para beber. Thaynara comenta: “Primeiro, ela disse que voltou, viu que a criança estava fria e a cobriu com um cobertor”.
Segundo o relato da mãe, ao retornar algumas horas depois, percebeu novamente que o bebê estava gelado, apesar do cobertor. “Ela conta que ligou a luz, viu o sangramento no nariz e na boca da criança e, neste momento, pediu socorro aos vizinhos e levou para UPA”, relata a delegada.
Andrade destaca que a equipe que atendeu o bebê na UPA será ouvida para esclarecer como a criança chegou à unidade. Além disso, aguarda-se o laudo do exame cadavérico para determinar a causa da morte e verificar se houve alguma lesão que contribuiu para o óbito.
O pai e o padrasto foram interrogados pela polícia e liberados, enquanto somente a mãe foi presa por abandono de incapaz, com agravante devido à morte. A delegada enfatiza a necessidade de ouvir mais testemunhas mencionadas pelos envolvidos e aguardar o laudo da morte do bebê para conclusão da investigação.