Papa Francisco afirma que prazer sexual é “presente de Deus”

Durante uma audiência geral nesta semana, o Papa Francisco conversou com fiéis sobre o vício da luxúria e afirmou que o prazer sexual é um “presente de Deus”. A conversa ocorreu na sala Paulo VI, conhecida como Salão das Audiências Pontifícias, no Vaticano.

Durante a conversa, o líder católico disse que no cristianismo não há “condenação do instinto sexual” e que o prazer sexual deve ser valorizado, mas é “minado pela pornografia”, já que a “satisfação sem relacionamento” pode gerar “forma de dependência”.

“O verdadeiro amor não possui, ele se doa; servir é melhor do que conquistar. Porque se não há amor, a vida é triste, é uma solidão triste”, disse o pontífice.

O Papa aproveitou ainda para dizer que a castidade e abstinência sexual não são a mesma coisa. Segundo ele, esta virtude deve estar “ligada à vontade de nunca possuir o outro” e classificou a luxúria como um “vício perigoso”.

“Entre todos os prazeres humanos, a sexualidade tem uma voz poderosa. Envolve todos os sentidos; habita tanto no corpo quanto na psique, e isso é muito bonito; mas se não for disciplinado com paciência, se não estiver inscrito em um relacionamento e em uma história onde dois indivíduos o transformam em uma dança amorosa, transforma-se numa cadeia que priva os seres humanos da liberdade”, finalizou Francisco.

Solidão devido a casamento de homossexuais

Em recente entrevista ao jornalista italiano Fabio Fazio, o Papa Francisco revelou estar enfrentando o ônus da “solidão” decorrente de algumas escolhas, como a autorização para benção em casamento de casais homossexuais.

“Tem um preço de solidão que você deve pagar, às vezes as decisões não são aceitas”, declarou o Papa quando questionado sobre a repercussão de medidas como a bênção para casais homossexuais.

O pontífice enfatizou que a falta de aceitação muitas vezes decorre de falta de conhecimento sobre as decisões em si e defendeu a benção para casais homoafetivos com a afirmação de que “o Senhor abençoa todos”.

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.

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