Parlamentares procuram legendas para se elegerem com menos votos

Partidos vão priorizar campanhas de candidatos que já têm mandatos, segundo líder do PSDB

O deputado estadual Gustavo Sebba, líder do PSDB na Assembleia Legislativa, disse que os partidos vão priorizar campanhas de candidatos que já têm mandatos. Gustavo Sebba afirma que os políticos mudam para partidos com maiores chances de reeleição. “É um cálculo muito difícil de fazer. Na verdade, é uma loteria escolher um partido mais fácil de se eleger”. Ele intensifica nesta semana o diálogo com os parlamentares para a formação da bancada. Como a janela partidária encerra no dia 7 de abril, alguns parlamentares poderão ainda trocar de legenda. Gustavo Sebba acredita que a base aliada poderá sofrer alterações podendo permanecer ou até ampliar o tamanho. Atualmente, o PSDB tem 12 deputados e poderá sofrer algumas baixas com as saídas de Manoel de Oliveira, Daniel Messac e Carlos Antônio, que cogitam  deixar o partido.

O líder tucano trabalha para a formação de uma chapa forte para que não haja discrepância em relação a votação. Ele está conversando com deputados de todos os partidos para que seja uma chapa mais justa possível. Gustavo Sebba afirma que até o momento, a única baixa concreta da base foi a do deputado Dr. Antônio (PR), que já anunciou que vai para oposição para   apoiar o pré-candidato ao governo de Goiás Ronaldo Caiado (DEM).

Se por um lado o PSDB perde alguns integrantes, sem citar nomes, o líder tucano garante que existem deputados da oposição querendo se juntar a base. Os deputados Simeyzon Silveira (PSC), Eliane Pinheiro (PMN) e Lucas Calil (PSL) já declararam intenção de passar para o PSDB. “Também temos nomes fortes, competitivos e sem mandatos que pretendem se unir a nós nestas eleições e garantir apoio ao vice-governador José Eliton”.

Sobre o racha da oposição colocando em lados opostos Daniel Vilela (MDB) e Ronaldo Caiado (DEM), a chapa de Caiado por exemplo não tem muitos candidatos na chapa proporcional, o número de candidatos à  deputado estadual e federal é limitado.  Gustavo Sebba acredita que a pré-candidatura de José Eliton é a mais favorecida com a polarização da oposição com Daniel Vilela, do MDB, de um lado e Ronaldo Caiado, do DEM, de outro.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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