Alunos da rede estadual de Goiás começam o Ensino Médio fazendo curso técnico

Alunos da rede estadual de Goiás começam o Ensino Médio fazendo curso técnico

Alunos da rede estadual começaram as aulas nesta segunda-feira, 22, com uma novidade: a possibilidade de fazer um curso técnico em tecnologia de forma conjunta com o Ensino Médio. O programa Jornada para o Futuro vai funcionar de forma piloto nas cinco unidades das Escolas do Futuro de Goiás e em 14 Centros de Ensino em Período Integral (Cepis) de 12 cidades.

O programa é desenvolvido em parceria entre as secretarias de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e de Educação (Seduc), oferecendo o curso de Desenvolvimento Web e Cibersegurança. São quatro módulos no total: Desenvolvedor em Front-End, Desenvolvedor em Back-End, Assistente em Cibersegurança, e Assistente em Cloud Computing. “Com essa iniciativa, muitos de nossos jovens sairão preparados para conquistar uma vaga em uma das áreas que mais cresce no mundo, que é a de tecnologia”, afirma a secretária de Estado de Educação, Fátima Gavioli.

Ao finalizar cada um dos módulos, os estudantes receberão um certificado de qualificação que já permite que entrem no mercado de trabalho nessas áreas específicas. Estudantes do 1º ano irão fazer todos os módulos do curso enquanto ainda estão no Ensino Médio e, ao final, sairão com o diploma. Já os alunos do 2º e 3º ano também poderão fazer módulos da formação técnica em Desenvolvedor Front-End e Desenvolvedor Back-End.

“Pesquisamos no mercado para saber qual era a maior demanda, e esse curso era um deles. Goiás já é referência na educação básica e, sob liderança do governador Ronaldo Caiado, seremos também referência em educação profissional e tecnológica para tornar nossos jovens mais competitivos no novo mundo do trabalho”, relata o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto.

Mateus Lopes, aluno do 1º ano em Valparaíso de Goiás, diz que a oportunidade de fazer um curso de tecnologia junto com o Ensino Médio será importante para sua carreira. “A Escola do Futuro está oferecendo uma oportunidade para fora da escola. Quando terminarmos o curso, já vamos entrar com uma preparação para emprego. Isso é mesmo o futuro”.

Ao todo, o programa piloto está presente em 12 cidades: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Mineiros, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso, onde há unidades das Escolas do Futuro; assim como Trindade, Itumbiara, Bonfinópolis, Silvânia, Bela Vista de Goiás, Rubiataba e Palmeiras de Goiás.

Início do ano letivo

A rede estadual de educação de Goiás, composta por 947 instituições de ensino e 462 mil estudantes, iniciou o primeiro semestre letivo de 2024 nesta segunda-feira, 22, com muitas novidades. A partir deste ano, a rede passará a contar com sete novos colégios militares e 16 novos Centros de Ensino em Período Integral (Cepis). O programa Bolsa Estudo foi ampliado e agora será estendido também aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, além dos estudantes do Ensino Médio.

“A cada ano que passa, o Governo de Goiás investe mais para garantir um ambiente escolar de qualidade para nossos alunos e professores”, acrescentou Fátima Gavioli durante coletiva à imprensa. Na ocasião, ela anunciou a inauguração de dois novos colégios Padrão Século XXI em Goiânia (Bairro Jardins do Cerrado 9) e Aparecida de Goiânia (Residencial Cândido de Queiroz).

Em breve também serão inauguradas novas unidades nos municípios de Alexânia, Luziânia, Novo Gama, Corumbá de Goiás e Goiânia. “A rede estadual está cada dia mais estruturada fisicamente. Já na parte pedagógica, nós vimos há poucos dias, os resultados das Redações do Enem, quando muitos alunos tiraram 960 e 980. Nós evoluímos muito e agora vamos trabalhar para conquistar a nota 1000 em 2024”.

Fátima Gavioli lembrou ainda a distribuição de uniformes, kits de materiais escolares, mochilas, estojos, tênis e meias. Também destacou a entrega de chromebooks aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. “Aqui, o Governo de Goiás trabalha incansavelmente para dar às famílias todo o apoio necessário para que as crianças permaneçam na escola. E esse trabalho se soma às ações da assistência social, que não desampara nenhum cidadão”, finaliza.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp