Subsídio ao transporte coletivo do Governo de Goiás ganha 2° lugar no Prêmio Boas Práticas

Subsídio ao transporte coletivo do Governo de Goiás ganha 2° lugar no Prêmio Boas Práticas

O Governo de Goiás recebeu o 2° lugar do Prêmio Boas Práticas, na categoria “Infraestrutura e Logística”, com o programa de subsídio ao transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. A premiação é promovida pelo Consórcio Brasil Central, que reúne governadores do Distrito Federal e de seis estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país: Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

A iniciativa reconhece ações que proponham a melhoria da gestão pública e da oferta de serviços à população. O evento aconteceu nesta terça-feira, 23, no Centro Empresarial CNC, em Brasília. O projeto “Inclusão em Movimento: Efetivando a Política Social no Transporte Público da Região Metropolitana de Goiânia” ganhou o 2° lugar por garantir o congelamento da tarifa do transporte coletivo desde 2019.

A inscrição ao prêmio foi feita pela Subsecretaria de Políticas para Cidades, jurisdicionada à Secretaria-Geral de Governo (SGG). Receberam os certificados o superintendente da Região Metropolitana de Goiânia, Ricardo Ferreira de Sousa; a gerente de Políticas e Programas da Região Metropolitana de Goiânia, Elcileni de Melo Borges; e as analistas de projetos Gabriela Cândida Queluz e Rayna Chaves Teixeira.

Sousa disse que se sentiu honrado ao representar os demais servidores da pasta e frisou que o benefício do subsídio do transporte coletivo tem ganhado destaque nacional desde 2022, com outras premiações neste sentido. “Estamos exportando essa ideia para todo o Brasil. Para que os passageiros não paguem um preço tão alto. Foi fixada uma tarifa de R$ 4,30 por meio do subsídio”, afirmou ele.

O Estado de Goiás repassa mais de R$ 12,4 milhões por mês para a manutenção do sistema. A tarifa do transporte coletivo (sistema único, incluindo o Eixo Anhanguera) custa R$ 4,30 para o usuário e o valor do subsídio corresponde a R$ 3,2882. O valor total da tarifa chega a cerca de R$ 7,58. O restante é custeado pelo Governo de Goiás e prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e outros três municípios da Região Metropolitana: Goianira, Senador Canedo e Trindade. Sousa ressaltou que graças ao subsídio é possível oferecer à população benefícios como o da tarifa social, que garante gratuidade para idosos e estudantes, por exemplo.

Premiação

A segunda edição do Prêmio recebeu 139 inscrições, a maioria apresentada pelo Estado de Goiás, com 31 projetos. Ao todo, são seis categorias. Além de infraestrutura e logística, também foram avaliados educação, desenvolvimento econômico, saúde pública, segurança pública e gestão pública.

Goiás conquistou o primeiro lugar na área de Educação com o Projeto Estudantes de Atitude. O primeiro lugar de cada categoria ganhou o prêmio de R$ 20 mil do BRB, instituição parceira do Consórcio. O vencedor geral – Projeto Plataforma Unificada de Serviços Digitais para o Cidadão Mato-grossense – levou uma premiação de R$ 30 mil.

O Consórcio Brasil Central foi criado em 2015, com o objetivo de discutir assuntos de interesse em comum dos seus integrantes e ampliar a competitividade dos estados participantes e do DF.

O então presidente do Consórcio Brasil Central e governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, parabenizou todos os servidores premiados e os inscritos também. “O seu trabalho, a sua competência está fazendo a diferença e isso pode mudar o jogo da administração pública, principalmente com mais eficiência”, destacou. Ainda na terça-feira, o governador Ronaldo Caiado foi eleito novo presidente do Consórcio Brasil Central e sucedeu a Mendes no cargo.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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