Terminais de ônibus terão câmeras de monitoramento

Decisão foi aprovada em segunda e última votação na sessão de ontem da Câmara Municipal de Goiânia

A prefeitura terá que instalar sistema de câmeras de monitoramento em todos os terminais de ônibus da capital com objetivo de coibir e identificar a ação de marginais. A decisão foi aprovada em segunda e última votação na sessão de ontem da Câmara Municipal de Goiânia. O projeto de lei, de autoria da vereadora Tatiana Lemos (PCdoB), prevê a instalação de câmeras em pontos com maior índice de assaltos, apontados por levantamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

De acordo com a proposta da vereadora, o custo e a instalação do equipamento devem ser feitos pelas empresas concessionárias, bem como as despesas com a instalação de câmeras e demais equipamentos para garantir mais segurança a passageiros e comerciantes. A matéria ressalta ainda que os custos do sistema de monitoramento não poderão ser inseridos na planilha de custo para reajuste da tarifa.

“O investimento não poderá ser computado na planilha de aumento das tarifas do transporte público; as imagens deverão ser capturadas em alta qualidade e em cores nítidas para permitir a identificação de assaltantes, criminosos e suspeitos; as imagens devem ser armazenar por pelo menos, 120 dias”, completou a vereadora.

Antes de se tornar Lei, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Iris Rezende (MDB) e pública no Diário Oficial. A vereadora acredita que o prefeito irá sancionar seu projeto por se tratar, “de uma iniciativa de grande alcance social. Não podemos ficar omissos e indiferentes diante de situações risco imposta por ações criminosas. Portanto, o objetivo primordial da nossa proposta é previr ações de violência, aprimorando as condições de segurança nos terminais através de medidas eficazes para mudar essa realidade”, justifica Tatiana Lemos.

Segundo a parlamentar, o público alvo dos marginais que atuam em terminais são trabalhadores, estudantes, crianças, jovens, adultos e idosos. “Eles levam tudo dessas pessoas. Celulares, bolsas, fones de ouvidos, jóias, relógios e, pasmem, até marmita do trabalhador”, concluiu Tatiana.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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