O sangue encontrado na residência da família de Pedro Lucas, desaparecido desde novembro de 2023, não pertence ao menino. Conforme relatado pelo delegado encarregado do caso, Adelson Candeo, as análises de DNA realizadas nas amostras não correspondem a nenhum dos residentes da casa ou ao pai biológico da criança.
“De todos os ambientes em que foi aplicado luminol e que foi dado algum resultado positivo, apenas em dois locais foi colhido um DNA coincidente com um DNA humano. Um deles no quarto e no outro na cozinha. O do quarto se constatou ser um DNA do tipo feminino e na cozinha do tipo masculino”, explicou o delegado. Candeo ainda completou que o exame deu negativo em relação aos pais biológicos, padrasto e os irmãos de Pedro Lucas.
No dia 18 de dezembro, a Polícia Científica realizou uma perícia química na residência da família de Pedro Lucas, encontrando vestígios. A casa abrigava a mãe do menino, o padrasto e os irmãos.
Prisão do padrasto
José Domingos Silva dos Santos, padrasto de Pedro Lucas, foi preso sob suspeita do crime e permanece preso até esta quinta-feira, 25. O delegado esclareceu que os resultados da perícia não alteram o curso das investigações.
“Isso [o resultado] não significa que o padrasto não matou a criança. É muito comum em casos de dissonâncias de forças, quando o acusado é mais forte que a vítima, normalmente o acusado não usa faca, nem arma de fogo”, explicou.
Ainda de acordo com o delegado, a prisão do padrasto não é com base nesse exame, mas sim de outros fundamentos. “É para assegurar a aplicação da lei, porque ele se demonstrou muito nervoso nos últimos dias, falando em sair do estado, se embasa no problema de relacionamento do padrasto com o menino mencionado pela amiga do Pedro Lucas”, completou o delegado.
Os advogados do padrasto declararam que ele nega as acusações e está cooperando plenamente com as investigações.
Caso Pedro Lucas
Pedro Lucas foi visto pela última vez no dia 1° de novembro de 2023. Ele havia saído de casa para levar o irmão mais novo até a escola e depois foi assistir às aulas onde estudava em Rio Verde.
As imagens encontradas pela Polícia Militar (PMGO) nas câmeras de segurança mostram o garoto em uma mercearia próximo a casa da família às 12h50. Ele conversa com uma garota que aparenta ter a mesma idade, que foi ouvida sobre o caso por uma psicóloga.
Após se passarem três dias depois do desaparecimento de Pedro, a família procurou a polícia. Em depoimento ao delegado, a mãe afirmou que o filho iria para a casa da avó, porém, acabou contradizendo os fatos. Ela alegou ter mentido por medo de perder a guarda dos dois irmãos da criança.
Devido a quantidade do tempo do desaparecimento, o caso passou a ser investigado como homicídio. O delegado responsável, Adelson Candeo informou que é o maior prazo já registrado na cidade.