Queda de avião de pequeno porte deixa sete mortos em Minas Gerais

Destroços do avião são vistos no local da queda

Na manhã deste domingo (28), uma tragédia abalou o Bairro Monjolinho, zona rural de Itapeva (MG), com a queda de um avião de pequeno porte, que havia saído de Campinas, em São Paulo, com destino a Belo Horizonte, em Minas Gerais. O acidente causou a morte de sete pessoas, incluindo uma criança.

Um vídeo divulgado na internet mostra o desespero dos locais ao se depararem com os destroços. Assista:

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 10h36, com a aeronave se desintegrando no ar antes de atingir o solo. O piloto, residente em Belo Horizonte, estava entre as vítimas fatais. As autoridades confirmaram que o avião se partiu em três fragmentos maiores, abrangendo uma área de alcance significativa.

A Polícia Civil informou que cinco passageiros, dois homens, duas mulheres e uma criança, além dos dois tripulantes, estavam a bordo. Inicialmente, duas pessoas estavam desaparecidas, mas a médica-legista Tatiana Teles, em entrevista ao G1, esclareceu que os corpos foram encontrados sob os destroços.

“Aeronave se partiu em três fragmentos maiores… dentro do núcleo da aeronave estavam os 7 corpos”, explicou a médica-legista, detalhando os desdobramentos do resgate. A identificação visual dos corpos não é possível devido ao impacto da aeronave. Documentos foram encontrados, e técnicas como confrontação datiloscópica e análise forense serão utilizadas para identificação.

A cidade de Itapeva está em luto, enquanto autoridades investigam as causas do trágico acidente aéreo. A Polícia Civil está no local realizando procedimentos padrão, e os corpos das vítimas foram encaminhados para o IML de Pouso Alegre. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foi acionado para conduzir as investigações.

Não autorizada

Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave de registro PS-MTG, fabricada pela Piper Aircraft em 1996, é classificada como um avião de serviço aéreo privado, sem autorização para táxi aéreo, e apresentava situação regular de aeronavegabilidade.

O avião pertencia a uma empresa de crédito financeiro com sede em Belo Horizonte. Em entrevista à EPTV, afiliada Globo, o sócio da empresa, morador de Pouso Alegre, Minas Gerais, confirmou que o voo partiu de Campinas, com destino à capital mineira às 10h. Apesar de serem de Belo Horizonte, os nomes dos tripulantes ainda não foram divulgados.

A ANAC expressou pesar pelo ocorrido e manifestou solidariedade aos amigos e familiares das vítimas por meio de nota oficial.

 

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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