As forças de Segurança do Estado de Goiás prenderam o foragido Keilysson Phelipe Santos de Sousa, de 29 anos, na praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo, 28.
A ação de investigação e captura foi realizada em parceria da Polícia Penal de Goiás com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Com as alcunhas de Pato, Sombra ou Filipinho, Keilysson é investigado por tráfico de drogas, suspeito de homicídio e fugiu da Unidade Prisional Regional (UPR) de Trindade em outubro do ano passado.
Segundo investigação da Polícia Penal, o foragido estava morando há cerca de três meses na favela da Rocinha, na capital fluminense. Após período de identificação e monitoramento do suspeito, a prisão foi efetuada em um momento de lazer na praia de Copacabana. Agora, Keilysson será reconduzido à UPR de Trindade, onde vai aguardar julgamento pela Justiça de Goiás.
FORAGIDO
O foragido se estabeleceu no Rio de Janeiro pela dificuldade de acesso da polícia em determinadas áreas. O monitoramento resultou do trabalho de inteligência.
Josimar Pires, diretor-geral da Polícia Penal do Estado, explica a Polícia Penal de Goiás foi para o Rio, fez o monitoramento e identificou que ele realmente estava na favela. Ele ainda ressalta que o trabalho foi feito por meio de uma aproximação com o serviço de inteligência do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio.
“Como não conseguiu se esconder das forças policiais em Goiás, ele foi para o Rio, porque lá tem a questão de que as forças de segurança não conseguem operar nas favelas. Já estava lá por quase três meses e havia inclusive levado os familiares” diz o diretor-geral.
Keilysson tem como principal investigação a Lei 11.343/2006 (Lei de Tóxicos), que define os crimes relacionados à prática do tráfico ilícito de drogas, em seu artigo 33, e prevê que dentre as diversas condutas que caracterizam o crime de tráfico, está o ato de entregar a consumo ou fornecer drogas, mesmo que seja de graça.
O governador Ronaldo Caiado elogiou a ação da polícia.
“A criminalidade não tem vez com as forças de segurança goianas. Não adianta nem mudar de estado mais. Em Goiás, bandido vai ter que mudar de profissão”, disse.
SIMULAÇÃO DE COIBIÇÃO DE CRISES
A Polícia Penal realizou, entre sexta-feira, 26, e sábado, 27, a 1ª Ação Simulada com Ativação de Protocolos de Contingenciamento de Crises, no Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia. O evento inédito compreendeu exercícios preventivos no campo operacional da Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP). A simulação ocorreu na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães e na Casa de Prisão Provisória.
PROTOCOLO DE CONTINGENCIAMENTO EM CENÁRIOS DE CRISE
A ação simulou casos de rebeliões simultâneas, bem como a tentativa de fuga de custodiados com apoio de criminosos externos. O exercício faz parte do Protocolo de Contingenciamento em Cenários de Crise da Polícia Penal de Goiás, que foi lançado pela DGPP em 25 de janeiro deste ano.
O documento padroniza ações e comportamentos diante de cenários de crise que, eventualmente, possam ocorrer nos estabelecimentos penitenciários de Goiás.
O novo protocolo, segundo o diretor-geral da Polícia Penal, Josimar Pires, representa um marco na padronização de ações diante de eventos críticos e simboliza o compromisso contínuo do Governo de Goiás frente aos desafios que permeiam o sistema penitenciário goiano.
AÇÕES PREVENTIVAS
“A Polícia Penal de Goiás tem apresentado um modelo de gestão de referência em todo o Brasil no controle e gestão do sistema penitenciário. Contudo, esta é uma área da segurança pública dotada de alto nível de imprevisibilidade. Exige, de seus operadores e gestores, uma pronta e eficiente resposta. Por isso, sempre lançamos mão de ações preventivas, que estão definidas em nosso plano estratégico”, afirma Josimar Pires.
A ação contou com participação de servidores das unidades prisionais, do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), Grupo Tático de Ações e Escolta (GTae), Superintendência de Segurança Penitenciária, Grupo de Guaritas e Muralhas, Gerência de Segurança e Monitoramento, 1ª Coordenação Regional Prisional, dentre outras áreas da instituição.