Detentos passam a cuidar de parques da Capital

De acordo com projeto, oferta de trabalho com remuneração constitui um dos direitos dos presos, como dever social e condição de dignidade humana, e tem finalidade educativa e produtiva

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, assina hoje convênio para execução do projeto ‘Recuperando Pessoas e Parques’, que utiliza a força de trabalho dos presos do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para a recuperação ambiental dos parques da capital. A solenidade ocorrerá no quinto andar do Paço Municipal, às 16 horas, e contará com a presença do presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Gilberto Marques Neto, representantes da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

Inicialmente, segundo o presidente da Amma, 50 detentos vão trabalhar em unidades de conservação e parques de Goiânia. ‘A iniciativa pretende garantir a ressocialização dos detentos do regime semiaberto, uma vez que eles cuidarão das áreas verdes da cidade e receberão pelos serviços prestados. Além disso, o convênio tem grande importância social, pois representa a possibilidade deles terem uma profissão ao término do cumprimento de suas condenações’, afirma Gilberto Marques Neto.

De acordo com o projeto formulado pelo promotor de Justiça Marcelo Celestino, a oferta de trabalho com remuneração constitui um dos direitos dos presos, como dever social e condição de dignidade humana, e tem finalidade educativa e produtiva. Segundo Gilberto Marques Neto, cada detendo será remunerado com um salário mínimo, estabelecido atualmente em R$ 954,00. ‘A partir do início da próxima semana, os detentos, que estão sendo escolhidos criteriosamente pela direção do presídio, já estarão exercendo atividades gerais nos parques municipais’, pontua.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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