Justiça impede troca de nome da Avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende

Avenida Castelo Branco, referência no comércio agropecuário, tem liminar mantida pela juíza Jussara Cristina Oliveira Louza que mantém nome original

A juíza Jussara Cristina Oliveira Louza, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia, decidiu manter a liminar que impede a troca de nome da Avenida Castelo Branco por Agrovia Iris Rezende Machado. A decisão, proferida na última terça-feira, 30, atende a um pedido de quatro entidades representativas, destacando o impacto social e econômico da mudança.

Formularam o pedido a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás, Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Automotores de Goiás (Sincodiv-GO), Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de Goiás (Sincopeças-GO) e Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás

A magistrada ressaltou que a alteração, proposta pela Lei Municipal nº 10.854/2022, poderia causar confusão de referência de localização e gerar custos para residentes e comerciantes locais, impactando negativamente a recuperação financeira após a pandemia. A Avenida Castelo Branco, datada de 1976, é uma referência no comércio agropecuário, atravessando seis bairros e sendo vital para as regiões Oeste e Sul da capital.

A juíza destacou que a importância da avenida ultrapassa as fronteiras locais, recebendo clientes de todo o Centro-Oeste e estados como São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. A decisão reitera que os prejuízos da mudança vão além dos comerciantes locais, afetando a economia goiana devido à relevância do setor agropecuário no estado.

“Ante o exposto, entendo que restou demonstrado nos autos a plausibilidade e a verossimilhança entre as alegações e o direito vindicado bem como o perigo da demora, razão pela qual determino o deferimento da liminar é medida que se impõe”, diz na decisão.

A Prefeitura de Goiânia aguarda notificação para se manifestar, e da sentença cabe recurso ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Em março do ano passado, o TJGO já havia negado um recurso da Prefeitura contra a liminar da juíza, que manteve o nome da Avenida Castelo Branco.

 

 

 

 

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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