Rei Charles III recebe diagnóstico de câncer e adia compromissos

Aos 75 anos, o Rei retornou a Londres na segunda-feira, iniciando tratamento como paciente ambulatorial

Membro da Família Real britânica, o rei Charles III foi diagnosticado com um câncer. A informação foi confirmada pelo Palácio de Buckingham, por meio de comunicado oficial. A notícia repercutiu em toda imprensa do Reino Unido nesta segunda-feira, 5.

Segundo reportagem da BBC, o tipo específico de câncer não foi revelado, mas o Rei iniciou “tratamentos regulares” na segunda-feira, conforme divulgado pelo palácio.

Apesar do diagnóstico, o Rei mantém uma postura totalmente positiva em relação ao tratamento, adiando seus compromissos públicos, enquanto membros da realeza assumirão temporariamente suas responsabilidades.

Ainda no comunicado, o palácio afirmou que o Rei “anseia retornar ao dever público integral o mais rápido possível”. Detalhes sobre o estágio do câncer ou prognóstico não foram compartilhados.

Ambos os filhos do Rei foram informados pessoalmente sobre o diagnóstico, com o Príncipe William mantendo contato regular. O Príncipe Harry, residente nos Estados Unidos, viajará ao Reino Unido nos próximos dias para encontrar-se com o pai.

Tratamento

Aos 75 anos, o Rei retornou a Londres na segunda-feira, iniciando tratamento como paciente ambulatorial. Apesar da pausa em eventos públicos, ele continuará cumprindo seu papel constitucional como chefe de estado, envolvendo-se em papelada e reuniões privadas.

Em casos de incapacidade do chefe de estado, “conselheiros de estado” podem ser designados; atualmente, incluem Rainha Camilla, Príncipe William, Princesa Anne e Príncipe Edward. Príncipe Harry e Príncipe Andrew não são mais chamados como membros não ativos da realeza.

O Rei foi visto em um serviço religioso em Sandringham no domingo, onde acenou para a multidão. O diagnóstico de câncer surge após um procedimento na próstata realizado em um hospital privado em Londres há mais de uma semana.

Exemplo

Ao divulgar publicamente o tratamento de próstata, o Rei esperava incentivar mais homens a realizar verificações. Ele estava satisfeito por aumentar a conscientização, com o site do NHS relatando um aumento nas consultas sobre condições de próstata.

Com o aumento do risco de câncer com a idade, desejos de rápida recuperação foram expressos pelo Primeiro-Ministro Rishi Sunak, líder trabalhista Sir Keir Starmer e o Presidente da Câmara Sir Lyndsay Hoyle.

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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