Dengue no país deve superar pico de 2023 já em fevereiro

Mais de 1,5 mil óbitos estão em investigação

Os casos de dengue no Brasil devem superar os registros do ano passado com dois meses de antecedência. É isso que indica infectologistas, que afirmam que o número de casos até o final de fevereiro deve ser maior do que o pico registrado em abril de 2023. A média de aumento de casos registrados é de 250% em comparação ao ano passado.

Ministério da Saúde revelou nesta quarta-feira, 7,  que o país está na quinta semana epidemiológica e que, até o momento, a doença registrou 49.234 casos prováveis. Na 4ª semana epidemiológica o país chegou a registrar 105.875 casos, quase superando a 15ª semana de 2013, que registrou 111.840 casos da doença.

Até o final de fevereiro, o país deverá ultrapassar o pior dia da doença no ano passado. No entanto, esse não será o pico da dengue no país, que teve ocorrer entre março e abril.

Números em Goiás

O Estado de Goiás decretou emergência devido à alta de casos de dengue. O estado contabilizou um aumento de casos fora do controle nas últimas semanas, chegando a ter 7.484 casos prováveis da doença na 4ª semana epidemiológica. Esse aumento foi de 170% comparado ao mesmo período de 2023, quando Goiás contabilizou 2.769 casos da doença.

Na 5ª semana, foram registrados 4.726 casos em todo o estado. O município com maior incidência de casos por população está em Sanclerlandia, com 273 casos confirmados de dengue.

Em relação a óbitos, o estado já registrou a segunda morte por dengue em 2024. A vítima é um homem de 33 anos, morador de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O óbito foi registrado no dia 18 de janeiro, 13 dias após o primeiro registro de morte por dengue no estado.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), outros 30 óbitos estão sendo analisados, tendo entre as vítimas crianças e bebês.

Principais formas de proteção

Para se proteger do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, existem algumas formas necessárias. Mantenha reservatórios ou caixas d´água cobertos com tampas, telas ou capas, impedindo que o mosquito deposite neles seus ovos. Além disso, evite água parada em pneus, latas, garrafas ou calhas, e realiza regularmente a limpeza da caixa d´água.

Já individualmente, as proteções podem ser feitas por meio de camisas longas e calças, além de usar telas mosqueteiras em portas e janelas ou sobre a cama. O uso de repelentes também é indicado para impedir a picada do mosquito transmissor.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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