Pesquisa aponta que brasileiros ficam em média 9 horas do dia em frente às telas

Pesquisa aponta que brasileiros ficam em média 9 horas do dia em frente às telas

De acordo com um estudo realizado pela plataforma Electronics Hub, um site especializado em tecnologia, com base na pesquisa Digital 2023: Global Overview Report, o Brasil ocupa o segundo lugar em termos de tempo médio gasto em frente às telas, entre 45 países analisados. O brasileiro fica em média 56,6% das horas acordadas com o smartphone nas mãos, o que representa cerca de nove horas do dia.

Seja para trabalho, entretenimento ou relaxamento, os celulares, tablets e computadores tornaram-se elementos essenciais na vida do ser humano. Muitos chegam a afirmar que esses dispositivos eletrônicos são uma extensão do próprio corpo, tendo em vista que estão presentes em praticamente todas as atividades, desde a comunicação por mensagens e e-mails até o entretenimento com filmes, séries e leitura de textos.

Para o oftalmologista Dr. Irineu de Melo do CBCO Hospital de Olhos, o problema está no excesso. “Estamos falando de cansaço na visão, olhos vermelhos, dor, turvação visual, irritação, ardência, e sensação de ressecamento. Quando ficamos por muito tempo olhando para algo que nos chama atenção, reduzimos a quantidade de vezes que piscamos e os olhos ficam ressecados”, explica.

Há também os riscos decorrentes da exposição à luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos, que podem danificar a retina e aumentar o risco de desenvolvimento de condições como degeneração macular, catarata e fotoqueratite, que é uma queimadura na córnea. Esses prejuízos se estendem à qualidade do sono, já que o uso de dispositivos como celulares durante a noite pode reduzir o tempo total de sono.

O oftalmologista ressalta ainda que a importância de seguir algumas orientações para prevenir e tratar problemas visuais decorrentes do uso excessivo de telas, como realizar consultas regulares com um especialista.

“Isso vai ajudar a saber qual o tipo do problema e se é necessário o uso dos óculos com os filtros adequados e dos colírios lubrificantes. Fora isso, tente ficar a pelo menos 50 centímetros de distância das telas e reduza a quantidade de tempo em frente a esses aparelhos”, orienta.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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