Mulher pula do terceiro andar de hotel para fugir de agressões do namorado

Mulher pula do terceiro andar de hotel para fugir de agressões do namorado

Uma mulher de 40 anos se jogou do terceiro andar de um hotel para escapar das agressões do namorado. O caso ocorreu na última segunda-feira, 12, em um hotel de Goianésia, na região central do Estado. Mulher teve ferimentos leves.

A ocorrência chegou as autoridades após uma chamada feita ao Corpo de Bombeiros alegado uma queda. No entanto, ao chegar no local, a corporação constatou que a vítima não caiu diretamente no chão e sim em uma área de marquise.

A vítima tinha um ferimento leve na cabeça e algumas escoriações. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) atendeu a vítima e a transferiu até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Na polícia, a ocorrência chegou como um acidente. Apesar disso, a polícia decidiu conduzir o namorado da vítima até a delegacia para prestar esclarecimentos e, em seguida, foram até o hospital ouvir a versão da vítima.

Agressões e ameaça

No hospital, a mulher contou para a polícia que havia visto um vídeo do marido e, no dia do incidente, foi tirar satisfação com ele. Foi neste momento que uma discussão começou e o homem passou a agredir a companheira. Suspeito enforcou a vítima e a agrediu com tapas, fechando a porta do quarto. O agressor disse, ainda, que a mulher não sairia de lá viva.

Com medo, a vítima decidiu pular do terceiro andar para conseguir se salvar das agressões.

A Polícia Civil prendeu o homem em flagrante por lesão corporal e ameaça. Foi descoberto também que ele possuía antecedentes criminais, mas nunca havia agredido a vítima antes. A delegada responsável do caso pediu medidas protetivas para a mulher.

O hotel informou que os funcionários prestaram todo o apoio necessário à vítima e que chamaram as autoridades após o acontecimento. Foi dito também que a mulher estava hospedada no lugar há três dias e que não houve nenhum barulho de briga anteriormente.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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