Anna Behatriz Azevêdo apresenta “A Trança Perdida” nas cidades de Goiás e Anápolis

Espetáculo “A Trança Perdida”

O espetáculo “A Trança Perdida” vai ser exibido no Teatro São Joaquim da Cidade de Goiás às 20h, neste sábado, 24/02. Já o público de Anápolis vai poder fazer a imersão na arte da dança e reflexões sobre o corpo, no sábado, 2/03. A apresentação ocorre às 20h, no Teatro Municipal da cidade. Além das apresentações, professores de artes e escolas podem se beneficiar com uma ação formativa online sobre o processo de criação do solo de dança.

No espetáculo, os tempos se entrecruzam, deste modo, são eclodidas memórias atualizadas de afetuosidade vivenciadas por Ana e a artista quando pequena: o gesto de manejar os cabelos das crianças para catar lêndeas e piolhos, memória esta, deflagradora de imaginações e estados de corpo. Ao manejar e catar, surgiam conversas dos adultos. O devir-criança da artista então escuta o assunto de uma trança, um pedaço do cabelo de sua mãe, cortado quando ela tinha 12 anos (1967), guardado e esquecido por muito tempo em algum lugar.

Esta trança que ficou perdida por muitos anos, reaparece hoje como força que fricciona imagens, dança, performance, falas e escritas, potencializando questões como: se cabelo é uma parte de nosso corpo composta por células mortas, ao cortá-lo, por que guardamos? Ao encontrar tais pedaços, como eles podem nos compor no presente? Quais podem ser os sentidos e significados do cabelo na cabeça? E fora dela?

Sobre a artista

Anna Behatriz Azevedo, é uma artista multifacetada, produz trabalhos que transitam entre as artes visuais e as artes da cena, desenvolvendo trabalhos com poéticas singulares.

Desde 2005, Anna Behatriz Azevêdo produz trabalhos artísticos como: dança, performance, desenho, videoarte, videoinstalação, videodança, fotografia, projetando sua pesquisa e produção artística através de participações e convites em diversos festivais, encontros e eventos durante toda sua carreira. Também já criou em colaboração com outros artistas obras que friccionam dança e performance, neste momento, se lança no caminho e na proposição do espetáculo de dança “A trança Perdida”.

“Espero que o público possa perceber, que o que vivemos na dimensão do singelo da ordem do dia, do cotidiano, possa ter força a ponto de pensarmos nas nossas próprias existências. Como elas podem ser afetadas por memórias e pelo tempo presente”, enfatiza a artista Anna Behatriz.

Ação formativa

O material de apoio didático, dispõe de uma audiodescrição, quatro sugestões de leitura, quatro desenhos criados pela artista e é dividido em “3 Caminhos” pensados a partir de três fases do ciclo de vida do cabelo: crescimento, involução e repouso. Cada caminho possui um vídeo com orientações relacionadas às práticas, em que contém áudio e intérprete de libras. Há subtópicos nos caminhos chamados “Momento”, aos quais são sugeridas atividades a serem versadas e trabalhadas por professores de artes visuais, artes da presença (dança, teatro, circo, performance) e pedagogos das redes municipal, estadual e federal de ensino.

Intitulado: “Vivência entre fios e memórias: orientações para práticas em processos de criação” é um material didático gratuito, que já está disponível no site da Anna Behatriz e na rede social da artista @annabehatriz.artista.

Serviço

Assunto: Espetáculo de dança “A Trança Perdida”
Quando: 24/02 e 02/03
Horário: 20h
Onde: Teatro São Joaquim (R. Moretti Foggia – Goiás-GO) e Teatro Municipal de Anápolis (Av Brasil Sul, 200, Setor Central)
Classificação: 12 anos
Mais informações: @annabehatriz.artista
Entrada gratuita

Foto: Laysa Vasconcelos

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Vila Cora Coralina abre mostra africana no Dia da Consciência Negra

A Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), vai receber a exposição Arte Africana: Máscaras e Esculturas, uma das primeiras do gênero em Goiânia. A mostra será inaugurada no Dia Nacional da Consciência Negra, quarta-feira, 20, às 19 horas.

Evento é aberto ao público.

A exposição é composta de 416 peças da Coleção África, que reúne máscaras, estatuetas e outros objetos de uso cotidiano e ritualístico, com curadoria assinada por Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Renato Araújo e Danilo Garcia. É uma exposição representativa da arte tradicional africana, incluindo esculturas e conjuntos especiais, como:

  • talheres,
  • pentes,
  • polias,
  • mama watas (figura lendária da mitologia africana ocidental),
  • bronzes,
  • adornos,
  • peças ritualísticas,
  • apoios de nuca
  • e tecidos.

As máscaras são portais de cultura ancestral, simbolizando segredos e espíritos do continente africano. As esculturas também são marcadas por significados de rituais. Além disso, utensílios domésticos, instrumentos musicais e bancos de sentar formam um grande mosaico da vida e crenças do continente africano.

Dia Nacional da Consciência Negra

Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, a exposição “Arte Africana: Máscaras e Esculturas” não poderia acontecer em um momento mais simbólico e significativo como a abertura no Dia da Consciência Negra.

“Este é um dia de reflexão, celebração e reconhecimento das contribuições inestimáveis dos povos africanos à nossa cultura e identidade. Abrir essa exposição neste dia nos conecta profundamente às nossas raízes e nos lembra da beleza, diversidade e riqueza da arte africana”, destaca.

Coordenador da Vila Cultural, o curador Gilmar Camilo explica que a montagem da mostra foi “desafiadora”, pela quantidade de peças, detalhes e cuidados envolvidos.

“E também profundamente instigante, pelo volume de obras e significativa contribuição cultural que essa exposição representa para o Estado de Goiás e o público visitante”, completa Gilmar.

Vila Cora Coralina abre mostra africana no Dia da Consciência Negra
Mostra seguirá aberta à visitação até 6 de abril de 2025 (Fotos: Secult-GO)

Arte Africana: Máscaras e Esculturas

Arte Africana: Máscaras e Esculturas começou a ser montada no dia 1º de novembro e envolve o trabalho de 10 pessoas entre servidores da Vila Cultural Cora Coralina e equipe do coletivo cultural Bëi, sob coordenação do curador Danilo Garcia e supervisão de Gilmar Camilo.

A visitação Arte Africana: Máscaras e Esculturas estará disponível até 6 de abril de 2025. A Vila Cultural Cora Coralina funciona de segunda-feira a domingo, das 9h às 17h, com entrada gratuita. O espaço permite a entrada de animais de estimação, desde que com coleira.

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