Policiais militares foram filmados imobilizando um rapaz e dando um tapa no rosto de outro durante uma abordagem, em Goiânia. A ação ocorreu durante uma blitz no Bairro Parque Amazônia, nesta quinta-feira, 22. Os envolvidos foram levados para a Central de Flagrantes.
Testemunhas registraram um boletim de ocorrência contra o ato policial. Segundo elas, os militares trabalhavam em uma blitz, na Avenida Feira de Santana, quando viram um jovem empurrando um moto sem retrovisor. Os agentes abordaram o rapaz. Ele respondeu que estava indo trabalhar e sofreu um acidente em que o retrovisor foi quebrado. O rapaz informou que estava empurrando a moto até uma oficina mecânica para arrumar, já que ficava ao lado do trabalho dele.
Os policiais decidiram, apesar da justificativa, consultar a placa da moto no sistema. O sistema mostrou que o veículo estava com a documentação atrasada desde 2016, ou seja, o motociclista não podia estar trafegando pelas ruas.
Um dos agentes avisou que iria apreender a moto e logo uma discussão começou. O PM chamou reforços. No boletim de ocorrência, os agentes afirmaram que, além de não obedecer a ordem, o rapaz tentou agredir a equipe e que, por isso, foi necessário “conter a tentativa de agressão, chegando a rolar no chão”.
Agressão
Foi neste momento que testemunhas passaram a gravar a agressão. Nas imagens é possível ver quando um dos policiais imobiliza o rapaz no chão. O jovem consegue se soltar e entrar na oficina mecânica. Outro rapaz passar a gravar toda a ação e um dos policiais dá um tapa na mão dele, impedindo a filmagem.
O rapaz consegue pegar novamente o celular e o policial dá outro tapa na mão dele, depois, dá um tapa no rosto. Os dois discutem e o agente levante à arma e chama o rapaz de “neguinho”. No final das filmagens, um dos policiais leva uma das motos para fora da oficina mecânica.
A Polícia Militar, em nota, informou que “assim que tomou conhecimento das imagens, por meio de sua Corregedoria, foi determinada a abertura de Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar as circunstâncias do fato”. A corporação reforçou ainda que atua com compromisso para cumprir a lei e que “não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros”.
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