Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 6

Neste mês, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,06 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,45 bilhões

A Caixa Econômica Federal paga nesta sexta-feira, 23, a parcela de fevereiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 6.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 686,10. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,06 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,45 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Cadastro

Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 300 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em compensação, 240 mil famílias foram incluídas no programa neste mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.

Regra de proteção

Cerca de 2,29 milhões de famílias estão na regra de proteção em fevereiro. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 372,45.

Brasília (DF) 19/11/2024 - Arte calendário Bolsa Família Fevereiro 2024Arte Agência Brasil
Arte calendário Bolsa Família Fevereiro 2024 – Arte Agência Brasil

Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta sexta-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 6. O valor caiu para R$ 102, por causa das reduções recentes no preço do botijão.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,5 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

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Câmara aprova pacote de corte de gastos de Lula

Câmara Aprova Pacote de Corte de Gastos de Lula

A Câmara dos Deputados aprovou o primeiro texto do pacote de corte de gastos proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, que obteve 318 votos favoráveis e 149 contrários, é parte de um esforço mais amplo para conter as despesas públicas e garantir o equilíbrio orçamentário.

O projeto, conhecido como Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/2024, estabelece restrições à concessão de créditos tributários em situações de déficit e amplia o poder do Executivo para suspender emendas parlamentares, evitando gastos excessivos. Essa iniciativa é a primeira de quatro propostas legislativas que visam economizar R$ 375 bilhões até 2030.

As principais mudanças incluem a limitação do aumento de gastos com pessoal e a autorização para bloqueio e contigenciamento de emendas parlamentares. Além disso, o governo poderá usar saldos de fundos nacionais para abater a dívida pública. Essas medidas buscam racionalizar os gastos públicos e priorizar o equilíbrio orçamentário em meio a desafios econômicos.

A aprovação do pacote fiscal influencia diretamente outras votações essenciais na Câmara, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2024, que propõe cortes graduais no acesso a benefícios e alterações em fundos como o Fundeb.

Após a aprovação, o projeto seguirá para votação no Senado, onde pode sofrer alterações. A equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera essa aprovação um passo importante para a gestão de recursos públicos.

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