Professor de Colégio Militar é preso suspeito de abusar sexualmente de mais de 10 alunos

Professor de Colégio Militar é preso suspeito de abusar sexualmente de mais de 10 alunos

Um professor de 43 anos foi preso, nesta quinta-feira, 29, sob suspeita de abusar de alunos em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. A mãe de uma das vítimas relatou que o educador apertou uma parte do corpo de seu filho em duas ocasiões durante as aulas e compartilhou outros relatos de pais de estudantes.

“Ele [o filho] falou que da segunda vez que apertou doeu, ele ficou sem graça, sentou no canto, começou a chorar, e outras meninas relataram que [o professor] passava as mãos nas pernas, teve uma que ele coagiu no cantinho da porta, encurralou ela”, detalhou a mulher, que preferiu não se identificar.

A defesa do professor afirmou não ter acesso completo às acusações, apenas ao que foi relatado no Auto de Prisão em Flagrante, e que todos os eventos serão esclarecidos durante a investigação policial. O advogado defende que a inocência do docente será demonstrada ao longo da investigação.

Segundo o g1, ao menos 10 alunos denunciaram o professor à delegacia. O educador lecionava no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Professor José dos Reis Mendes. “Eu fiquei sabendo ontem o que aconteceu com meu filho, mas acontece há muito tempo”, completou a mãe que não se identificou.

Em comunicado, a Polícia Militar informou que a equipe policial chamou o conselho tutelar e levou o professor para a Central Geral de Flagrantes de Trindade, onde o delegado lhe deu voz de prisão. A polícia destacou que o professor não faz parte da corporação, mas é do quadro da Secretaria de Estado da Educação (Seduc)

A Seduc comunicou que a direção da escola acionou os pais e responsáveis, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, e está acompanhando e colaborando com o trabalho das autoridades civis e militares. Além disso, a secretaria explicou que a Coordenação Regional de Educação (CRE) de Trindade iniciou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar e tomar as medidas administrativas necessárias.

Nota PM

Referente ao caso envolvendo um professor no Colégio Militar localizado no Conjunto Dona Iris II, a Polícia Militar informa que:

Ao tomar conhecimento do fato, equipe policial acionou o conselho tutelar e conduziu o professor à Central Geral de Flagrantes de Trindade, onde o delegado ratificou a voz de prisão, sendo o autor autuado pelo crime de estupro de vulnerável.

A Polícia Militar informa ainda que o professor não pertence a corporação, sendo do quadro da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Nota Seduc

Em atenção à solicitação de informações acerca de denúncias contra o professor do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Professor José dos Reis Mendes, de Trindade, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO) esclarece e responde:

Conforme informações da Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar, o professor é efetivo da rede pública estadual de ensino, foi preso, por estupro de vulnerável;

Em relação à ocorrência, a direção do colégio acionou os pais/responsáveis, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar e, neste momento, acompanha e contribui com o trabalho das autoridades civis e militares;

A Seduc/GO, por meio da Coordenação Regional de Educação (CRE) de Trindade, já abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para as averiguações e tomada de medidas administrativas em consonância com as decisões legais.

Nota defesa do professor

A defesa vem por meio de seu advogado constituído, William Francisco, manifestar que estão acompanhando as investigações policiais, a qual se encontra em fase inicial e todos os fatos serão devidamente esclarecidos no decorrer da investigação policial.

Atualmente, a defesa não teve acesso à íntegra das acusações que lhe pesa, apenas o relatado no Auto de Prisão em Flagrante realizado na manhã de 01 de março de 2024.

Importante ressaltar que, diferente do que vem sendo noticiado em diversos canais de comunicação, a defesa acredita veementemente na inocência do professor e isso será comprovado no decorrer das investigações e futura ação penal.

Por fim, cumpre pontuar que vigora no sistema processual penal o princípio da presunção de inocência e quaisquer notícias falsas ou alegações inverídicas em desfavor de Tulio não serão despercebidas por estes causídicos.

Goiânia, 1 de março de 2024.

William Francisco

Advogado, OAB/GO 70.998

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Jovem baleada por agentes da PRF continua em estado grave no hospital

A jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, permanece em estado grave, no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN),em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi internada na unidade, às 21h12, de terça-feira, 24, após ser atingida por um tiro de fuzil na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís (BR-040), também naquele município.

Por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do HMAPN, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a jovem foi levada para a unidade pela PRF. “A direção do HMAPN informa que a paciente, atingida por arma de fogo (PAF) em crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. No momento, segue internada no CTI, hemodinamicamente instável, entubada e acompanhada por equipe multidisciplinar. A paciente mantém o quadro gravíssimo”, informou em nota divulgada no início da manhã desta quinta-feira, 26.

Em entrevista ontem no Hospital, a médica intensivista do Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach, disse que mesmo em estado grave, Juliana Leite Rangel, tem reagido positivamente aos medicamentos que vem recebendo. “Do que ela chegou para agora não teve piora. Ela se manteve em um grau de gravidade que estabilizou com as drogas que estão entrando com a medicação e não teve piora, ou seja, a pressão se manteve com a medicação que está entrando. É uma paciente jovem, que foi atendida com rapidez e muita eficiência, que tem tudo para evoluir com positividade, mas não tem como a gente saber”, afirmou.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou Procedimento Investigatório Criminal, assinado pelo procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, considerando que, conforme a Constituição de 1988 definiu, o órgão tem a incumbência da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

No texto, o procurador apontou que a jovem de 26 anos seguia de carro na companhia de familiares para comemorar o Natal e sofreu gravíssimos ferimentos. Benones destacou que ela não foi a única vítima, uma vez que o pai  dela, Alexandre, também foi baleado.

O procurador determinou que, considerando a necessidade de efetuar diligências, “visando a colheita de informações, documentos e outros elementos aptos a direcionar e definir a linha de atuação deste órgão ministerial no caso aqui apresentado”, a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, dê informações sobre as providências adotadas. Requisitou ainda à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, também no Rio, a identificação dos policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência e a identificação dos autores dos disparos.

O procurador requereu também o imediato afastamento das funções de policiamento dos policiais envolvidos no caso, além do recolhimento dos veículos “com total preservação de seu estado, conforme verificado após a ocorrência”.

Benones determinou ainda o recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance, que estavam em poder dos policiais envolvidos, “independentemente de terem sido utilizadas ou não, para realização de perícia”.

Para o HMAPN, o procurador pediu a expedição de um ofício para que o diretor da unidade informe ao MPF o estado de saúde das vítimas, independente de boletins médicos, bem como para o envio, de imediato, dos respectivos Boletins de Atendimento Médico de Juliana e de Alexandre.

Ainda no texto, o procurador determinou à Polícia do Ministério Público Federal que se dirija ao Hospital Adão Pereira Nunes, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, a identidade dos integrantes da equipe médica que prestou os primeiros socorros, bem como da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento”.

Inquérito

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a ocorrência da noite desta terça-feira, 24, que envolve policiais rodoviários federais. De acordo com a PF, as apurações começaram após ser acionada pela PRF.  Uma equipe esteve na Rodovia Washington Luís (BR-040) para realizar as medidas iniciais, como “a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”, contou em nota divulgada ontem.

Também em nota, a Polícia Rodoviária Federal  informou nesta quarta-feira, 25, que, por determinação da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, foi aberto, na manhã de ontem, um procedimento interno para apuração de fatos relacionados aos disparos, na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. De acordo com a PRF, “os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”.

A corporação disse lamentar profundamente o episódio e esclareceu que, por orientação da Direção-Geral, “a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana”.

Quanto às investigações, indicou que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas apurações do caso.

Ministério da Justiça e Segurança Pública

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, apontou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em nota divulgada pela pasta.

Lewandowski lamentou o incidente, que na visão dele, “demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamenta o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares. Informa ainda que tem empenhado todos os esforços para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas”, completou a nota.

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