Governo de Goiás entrega 624 escrituras do Parque Anhanguera II, na capital

Governo de Goiás entrega 624 escrituras do Parque Anhanguera II, na capital

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab), realizou nesta sexta-feira (1º/03) duas ações de regularização fundiária em Goiânia. A primeira foi o lançamento do cadastramento para regularização do Jardim Dom Fernando I. Em seguida, a equipe da Agehab realizou a entrega de 624 escrituras do Parque Anhanguera II. A Agehab e a Secretaria de Estado da Infraestrutura são responsáveis pela legalização das moradias construídas em áreas de domínio do Governo de Goiás. Segundo o presidente da Agência, Alexandre Baldy, a capital já recebeu 4 mil escrituras desde o início da gestão de Ronaldo Caiado.

No caso do Parque Anhanguera II, parte das áreas pertencia ao Estado e parte ao Município, por isso foi realizada uma parceria entre Governo e prefeitura para tornar a legalização possível. A história do bairro remete aos anos 1980. “Estamos tornando realidade um antigo anseio dos moradores depois de mais de 40 anos de espera”, ressalta Baldy.

Já no Jardim Dom Fernando I, o loteamento que surgiu em 1989 pertence à Arquidiocese de Goiânia, que procedeu doação das áreas aos moradores, mas estes teriam que pagar pelos serviços cartorários. Como a maioria dos 389 beneficiados é de baixa renda e não tem condições de pagar pela escritura, foi feita uma parceria com a Agehab para conceder as escrituras gratuitamente às famílias que se encaixam no perfil.

A aposentada Laíde Lima Rocha de 66 anos, viúva, com filhos casados, mora sozinha hoje e se mudou há 24 anos para o Dom Fernando I. Para ela, o mais importante nessa fase da vida é conseguir a escritura. “Agora eu vou me sentir segura. Vou dormir tranquila a partir de hoje”, comemorou. Pioneira no Dom Fernando I, Dona Clarice reside no bairro desde 1987. “Aqui era uma grande roça de arroz, quando lotearam e entramos. Eu lutava até hoje pelo documento e, finalmente, consegui. Estou muito feliz”, afirmou a aposentada.

O cadastramento é realizado pela empresa Mendes & Borges Engenharia, por meio de visitas domiciliares, com cadastradores identificados com coletes e crachás.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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