Daniel Vilela articula parcerias para expansão da produção de arroz irrigado no Vale do Araguaia

Daniel Vilela reúne-se com produtores de arroz em Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia (Fotos: André Costa)

Em visita técnica ao projeto de cultivo de arroz irrigado em Luiz Alves – distrito de São Miguel do Araguaia -, o governador em exercício Daniel Vilela garantiu a cerca de 50 produtores agrícolas que o Governo de Goiás vai articular parcerias para ampliar a produção do grão na região. Daniel esteve no distrito nesta quinta-feira, 21, onde também percorreu lavouras e se inteirou das tecnologias empregadas em cerca de três mil hectares irrigados pelo sistema de inundação.

“Este é o nosso compromisso: designar profissionais capacitados que representem o setor produtivo, a Secretaria de Estado da Agricultura e pastas afins para que formulem um diagnóstico real deste projeto e enumerem as demandas emergenciais para que, assim, possamos promover os avanços necessários”, disse Vilela em discurso na sede da cooperativa de produtores de arroz.

Segundo Oton Nascimento Neto, líder dos cooperados, a área de plantio pode chegar a 12 mil hectares. A ampliação, contudo, depende de investimentos financeiros e da transposição de obstáculos. “Estejam certos de que a parte que couber ao Governo do Estado, será cumprida. É determinação do governador Ronaldo Caiado. E também vamos nos empenhar junto ao governo federal para buscar estes recursos”, explicou Daniel Vilela. “Até porque trabalhamos com a meta de, num futuro próximo, sermos autossuficientes na produção deste grão”, completou.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destacou que Goiás, hoje, é o décimo colocado no ranking nacional dos maiores produtores de arroz. E que tem capacidade de dobrar a atual área plantada. “Temos que aproveitar este nosso potencial. Sobretudo porque o plantio de arroz vai além de questões econômicas e passa pela soberania de um país. Uma nação só é soberana se proporciona segurança alimentar ao seu povo. E o arroz é a melhor commoditie [matéria-prima] que garante esta segurança”, pontuou.

Na sequência, Daniel Vilela inspecionou lavouras de arroz acompanhado por técnicos, produtores e lideranças políticas. A colheita da safra de verão no distrito de Luiz Alves começou neste mês de março e a previsão é que sejam colhidas 300 mil sacas. Em maio, terá início o plantio da chamada “safra de inverno”. Toda a produção é direcionada ao mercado interno, o que proporciona menor dependência de arroz de outros estados brasileiros e, por tabela, redução de preços.

Ponte

Na última agenda na região Norte do estado, o governador em exercício visitou as obras da ponte na BR-080, sobre o Rio Araguaia, que fará a ligação do distrito de Luiz Alves a Ribeirão Cascalheira, no Mato Grosso. Com quatro quilômetros de extensão, a ponte conta com investimentos da ordem de R$ 203 milhões do governo federal.

“Esta obra tem uma importância tão grande que não conseguimos mensurar. Vai transformar, pra melhor, toda a região do Vale do Araguaia. Impactará desde o turismo ao escoamento da produção agrícola”, afirmou Daniel, que enviou um vídeo com imagens da ponte ao ministro dos Transportes, Renan Filho, solicitando uma força-tarefa da pasta e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para pavimentação de trechos de terra da rodovia federal a fim de acelerar a inauguração da ponte.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos