Uma reportagem revelou ao Brasil neste domingo, 24, o paradeiro de Andreas, irmão mais novo de Suzane ex-Richthofen, que era considerado desaparecido. A produção detalhou o estilo de vida atual do rapaz, de 36 anos. Conforme as imagens divulgadas, Andreas é retratado vivendo em um local aparentemente abandonado, distante de qualquer regalia de sua antiga vida.
Amigos e pessoas próximas diziam que Andreas sumiu de vez em janeiro de 2023, quando Suzane passou a cumprir o restante dos 40 anos de prisão em liberdade. Apresentada por Geraldo Luís, da RedeTV!, a matéria trouxe à tona a situação de Andreas, que aparece nas imagens magro, com cabelos longos e desarrumados, e com o aspecto de um “andarilho”.
Enquanto alguns espectadores criticaram o que consideraram um “assédio” à Suzane Richthofen, a reportagem de Geraldo Luís destacou que há outra vítima na tragédia familiar. O caçula do continua sofrendo as consequências do crime cometido por Suzane.
Segundo a reportagem, Andreas vive de forma isolada, tendo caminhado mais de 15 km a pé de sua casa até o local onde reside atualmente. O jornalista também revelou que o rapaz não aceitou dar entrevista para o programa. “Magro, barbudo, largado, o menino que era o prodígio da família”, descreveu o apresentador do “GeralDoPovo”.
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Herdeiro
Mais de duas décadas depois do crime que chocou o país, o único herdeiro da fortuna valiosa da família, abandonou vários imóveis dos pais e acumula dívidas que chegam a R$500 mil. Os dois nunca se encontraram desde que Suzane foi presa em 2002.
Andreas ganhou, na época, o direito de herdar toda a fortuna dos pais, avaliada em R$10 milhões. Entre os bens da herança estavam carros, seis imóveis, terrenos, a mansão que a família morava que foi vendida em R$1,6 milhão e dinheiro em aplicações no banco.
Segundo a coluna “True Crime”, do jornalista Ulisses Campbell, Andreas atualmente enfrenta 24 ações na Justiça de São Paulo por dívidas de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e condomínios atrasados, somando um montante de R$500 mil devidos.
De acordo com a coluna, duas das seis casas herdadas por Andreas chegaram a ser invadidas por “falsos sem-teto” — pessoas que entram nas casas sem arrombar portas e portões, reformam o local e passam a morar de graça até o proprietário reivindicar o imóvel. Uma delas é o imóvel que a família morou antes de se mudar para o local em que o casal foi assassinado. Esta casa fica localizada na Vila Congonhas, em São Paulo, e é avaliada em um milhão de reais.
Durante este tempo, duas empresas se instalaram no local e, após a saída delas, Andreas recusou propostas de compra e abandonou o imóvel. Recentemente, uma família se instalou lá clandestinamente. Outros dois imóveis dos Von Richthofen também já foram ocupados por invasores
Durante a pandemia, Andreas se refugiou em um sítio da família em São Roque. A propriedade fica isolada e é de difícil acesso. Procuradores da cidade de São Paulo afirmam que vão preparar ações com o objetivo de levar os imóveis de Andreas a leilão, devido à recusa para quitar os débitos. A advogada de Suzane teria feito vários contatos com Andreas durante este período, tentando um encontro entre os irmãos, mas não teve sucesso.