Navio colide com ponte e estrutura desaba nos EUA

Navio colide com ponte e estrutura desaba nos EUA

Parte de uma ponte desabou em Baltimore, nos Estados Unidos, após um navio colidir com um dos pilares da estrutura na madrugada desta terça-feira, 26. Cerca de sete veículos e vinte pessoas caíram na água. Corpo de Bombeiros seguem na procura por desaparecidos.

A ponte Francis Scott Key, conhecida como Key Bridge, foi atingida pelo navio por volta de 1h30 da manhã. Segundo o chefe do Corpo de Bombeiros de Baltimore, James Wallace, uma pessoa foi resgatada com ferimentos graves e precisou ser conduzida para um hospital da região. Até o momento, as equipes de resgate procuram cerca de sete desaparecidos na água.

De acordo com a Autoridade de Transporte de Mariland, todas as pistas foram fechadas em ambas as direções na porta, que tem 2,6 km de extensão. “Todas as pistas foram fechadas em ambas as direções devido a incidente na I-695 Key Bridge. O tráfego está sendo desviado”, disse o órgão em um post no X.

O governador de Marland, Wes Moore, declarou estado de emergência. Por meio do X, o mandatório se referiu ao incidente como tragédia. “Somos gratos aos homens e mulheres corajosos que estão realizando esforços para resgatar os envolvidos e rezamos pela segurança de todos”.

Segundo o chefe dos bombeiros, a maré tem aumentado e está dificultando nas buscas.

Navio

Segundo o jornal “The New York Times”, o navio envolvido no acidente se trata de um porta-contêiner com bandeira de Singapura e tinha como destino Sri Lanka. Batizado como Dali, o cargueiro possui 300 metros de comprimento e 48 de largura.

O transporte é operado pela empresa Synergy e estava em serviço da companhia dinamarquesa Maersk. Todos os tripulantes a bordo do navio foram resgatados com vida.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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