Medicamentos genéricos apresentam variação de 600% em farmácias de Goiânia

Maior variação entre genéricos foi constatada no medicamento Cloridrato de Metoclopramida que variou de  R$ 1,79 a R$ 12,54

Os preços de medicamentos genéricos podem variar até 600% nas drogarias de Goiânia. Isso conforme uma pesquisa realizada pelo Procon Goiás e divulgada na tarde de segunda-feira (16). Na averiguação, 66 medicamentos foram pesquisados em 17 drogarias de diferentes regiões da capital, entre os dias 2 de 16 de abril. Foram coletados e comparados os preços dos medicamentos, sendo que metade dos medicamentos pesquisados eram formados por remédios de preferência e a outra era formado por medicamentos genéricos, levando em consideração a mesma apresentação, denominação e laboratórios.

A maior variação entre genéricos foi constatada no medicamento Cloridrato de Metoclopramida que variou de  R$ 1,79 a R$ 12,54. Outro medicamento que apresentou grande diferença foi o Acetofenido de Algestona+ Enantato de Estradiol que variou de R$ 1,93 a R$ 11,75.

Genéricos

Medicamento Menor Preço Maior Preço Variação (%)
Cloridrato de Metoclopramida R$    1,79 R$ 12,54 600,56
Acetofenido de Algestoma +Enantato de Estradiol

 

R$    1,93 R$ 11,75 508,81
Loratadina R$    6,44 R$ 34,23 431,52
Paracetamol R$    2,99 R$ 13,90 364,88
Atorvastatina Cálcica R$ 14,99 R$ 64,15 327,95
Cloridrato de Ranitidina R$ 6,44 R$ 23,23 260,71
Dipirona Monoidratada R$ 1,49 R$ 5,31 256,38
Nimesulida R$ 4,99 R$ 16,24 225,45
Amoxicilina R$ 9,66 R$ 23,96 148,03

Fonte: Procon Goiás

Já nos medicamentos de referência, a variação chega a 302,96%. A maior diferença constatada foi do medicamento Aerolin (Sulfato de Salbutamol), no qual os preços oscilam de R$ 7,42 a 29,90. A pesquisa foi realizada após o reajuste acertado no dia 31 de março que variou de 2,09% a 2,84% e foi o percentual permitido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).  Como no ano passado, o reajuste deste ano foi menor que a inflação registrada no período de abril de 2017 a março de 2018 medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que ficou em 2,68%.

Referência

Medicamento Menor Preço Maior Preço Variação (%)
Aerolin (Sulfato de Salbutamol) R$    7,42 R$ 29,90 302,96
Amoxil (Amoxicilina) R$  35,80 R$ 78,95 120,53
Propranolol (Clorid de Propranolol) R$    4,49 R$ 10,81 140,76
Tylenol (Paracetamol) R$  17,90 R$ 27,90 55,87
Voltaren (Dicrofenaco Sódico) R$  25,29 R$ 36,12 42,82
Fenergan (Clorid de Prometazina) R$    9,07 R$ 12,95 42,78
Rivotril (Clonazepam) R$  16,55 R$ 22,12 33,66
Gardenal (Fernobarbital) R$    6,09 R$   8,46 38,92

Para conferir a planilha completa basta acessar o site do Procon Goiás.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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