Caiado entrega primeiro órgão de tubos de Goiás após restauração

Caiado entrega primeiro órgão de tubos de Goiás após restauração

Dando sequência às ações de valorização do patrimônio cultural e religioso do estado, o governador Ronaldo Caiado entregou à população da cidade de Goiás o órgão de tubos da Igreja Nossa Senhora do Rosário, na noite desta quinta-feira (28/03), durante a missa de lava-pés. O instrumento, o primeiro do tipo no estado de Goiás, foi devolvido após ser totalmente restaurado.

Ao entregar o equipamento, Caiado disse que isso não só demonstra a importância do órgão, mas ressalta a cultura de um povo e suas tradições. “À frente do governo, me preocupo em dar condições para tornar mais vivo tudo que já assistimos e que por muito tempo estava interrompido ou estava em situação de comprometimento. O governo tem a responsabilidade de resgatar tudo isso”, garantiu ao inaugurar o instrumento.

A revitalização do órgão foi realizada em São Paulo, durante cinco meses, por uma empresa especializada em restauro de instrumentos religiosos. Foram investidos R$ 184,1 mil na recuperação da peça, com recursos do Governo do Estado, por meio do Programa de Incentivo à Cultura – Goyazes, gerenciado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e com patrocínio do grupo Equatorial de energia. “Não estamos devolvendo somente um instrumento musical, mas parte da tradição, da cultura e da história de todos os vilaboenses”, destacou a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes.

Uma das primeiras pessoas a interceder e orientar sobre as ferramentas do governo para realizar o restauro da órgão, a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado comemorou a inauguração. “Temos nessa cidade o berço de nossas tradições e cultura. E essa entrega demonstra mais uma vez o carinho que temos com nossa primeira capital, mas sem nunca esquecer daqueles que mais precisam das nossas ações sociais”, pontuou.

Após ficar mais de 15 anos parado por apresentar problemas, o órgão de tubos foi reintroduzido à rotina da igreja e já utilizado durante a missa da santa ceia do Senhor e lava-pés, seguida da adoração ao Santíssimo Sacramento. Além de representar a preservação da memória local, a expectativa é de que o instrumento seja utilizado em concertos, atraindo visitantes, alavancando ainda mais o turismo na cidade.

Conforme o reitor da Igreja Nossa Senhora do Rosário, Frei Cristiano Bhering, o órgão de tubos é essencial nas Igrejas catedrais. “Além de restaurado, também foi modernizado. O sistema de transmissão do ar passou de analógico para eletrônico. Com isso, temos uma melhor resposta do organista e maior potência do som. Isso propicia a melhoria no que ele pode ofertar em termos de música religiosa ou profana”, explicou o religioso.

O órgão de tubos da Igreja do Rosário foi encomendado em 1947 por Dom Frei Cândido Penso, na época bispo da Prelazia de Santana da Ilha do Bananal, na Itália. Trata-se da primeira peça do gênero em utilização em Goiás e uma das pioneiras do país. O instrumento, que agora conta com sistema elétrico, passou por trabalho de revitalização e reconstrução do fole, consertos e novo revestimento dos tubos, canaletas e teclado, além de descupinização das peças.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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