Hecad realiza cirurgia para separar dedos da mão de paciente com síndrome rara

Hecad realiza cirurgia para separar dedos da mão de paciente com síndrome rara

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente realizou procedimento cirúrgico para tratamento de sindactilia complexa. Trata-se de uma cirurgia rara para a separação dos dedos da mão em uma paciente com Síndrome de Apert, que utilizou técnica europeia inédita no estado. Semelhante à condição mostrada no filme Extraordinário, a síndrome atinge uma a cada 100.000 crianças e é causada por uma mutação no gene responsável pelo desenvolvimento dos ossos, o que provoca anomalias craniofaciais e a fusão dos ossos dos dedos dos pés e das mãos.

O procedimento cirúrgico foi conduzido pela ortopedista Renata Pedra, que é a única especialista em cirurgia da mão pediátrica do Centro-Oeste. “Existia um alto grau de comprometimento dos ossos e do tecido mole das mãos. Por isso, foram seis horas de cirurgia, mas foi um sucesso. Fizemos enxertos de pele total nos espaços entre os dedos com pele retirada da virilha”, descreveu a profissional. Já a diretora-geral do Hecad, Mônica Costa, destacou que “esse tipo de cirurgia foi realizado poucas vezes em Goiás e estamos muito felizes em poder oferecer um tratamento tão complexo com toda a qualidade para transformar a vida dessas crianças”.

A mãe da pequena M.E.F., de 10 meses de idade, revelou que está ansiosa para segurar a mão da filha, que foi imobilizada e enfaixada para proteger os dedos. “Estávamos muito confiantes de que daria tudo certo e minha filha agora tem os dedinhos dela, para futuramente ter mais independência e autonomia. É muito bom ver que ela está sendo cuidada com todo o carinho”, afirmou Cássia Cintra.

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Governo processa 17 planos de saúde por cancelamentos unilaterais

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaurou um processo administrativo sancionatório contra 17 operadoras de planos e quatro associações de saúde por cancelamentos unilaterais de contratos e por práticas consideradas abusivas. Segundo o órgão, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, as práticas provocam graves consequências, como a interrupção de tratamentos essenciais e aumento da judicialização no setor.

A decisão ocorre após a conclusão de um estudo detalhado de monitoramento de mercado que identificou as irregularidades nas rescisões. “A prática, que fere os princípios do Código de Defesa do Consumidor e da regulamentação do setor de saúde suplementar, afeta diretamente a vida de milhares de brasileiros, muitos deles em situação de vulnerabilidade devido a problemas graves de saúde”, diz a Senacon.

Segundo o levantamento do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), as operadoras notificadas têm utilizado lacunas contratuais ou interpretado normas de forma prejudicial ao consumidor para justificar rescisões. A análise feita pela Senacon aponta que os rompimentos unilaterais ocorrem sem justificativa plausível ou descumprem o princípio da continuidade do atendimento.

Quando o processo sancionatório for instaurado, as empresas serão devidamente notificadas e terão prazo para apresentar defesa e corrigir eventuais irregularidades.

Em julho deste ano, a Senacon já havia notificado as operadoras a prestarem esclarecimentos sobre cancelamentos unilaterais de contratos, devido ao aumento expressivo de reclamações registradas nos sistemas consumidor.gov.br e ProConsumidor. Na época, algumas operadoras afirmaram que os cancelamentos ocorreram em contratos coletivos e empresariais e não foram direcionados a pessoas vulneráveis.

Os consumidores podem registrar denúncias junto aos órgãos de defesa, como a plataforma consumidor.gov.br e os Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) estaduais.

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