Um policial militar foi filmado agredindo um frentista com socos em um posto de combustível em Turvânia, na região central de Goiás. As agressões, que ocorreram na última sexta-feira, 29, foi filmada por câmeras de segurança do estabelecimento.
Nas filmagens é possível ver o momento em que o policial para a moto no posto, usando uma calça jeans e uma camisa preta. Ele aparece discutindo com o frentista, que se afasta do policial e vai para outro local do estabelecimento.
Em certo momento é possível ver o policial indo para cima do trabalhador e dando um soco na cabeça do homem. O frentista não revida, mas o policial continua o cercando e agredindo o jovem.
Em entrevista ao G1, o jovem contou que se sentiu oprimido e com bastante medo. Ele disse ainda que, além das agressões, o PM o ofendeu por diversas vezes. “Ele me falava que eu não era homem, falava para eu avançar nele. Que eu tinha que ser humilhado mesmo. A todo momento ele tentava me forçar a avançar nele”, disse o frentista.
A agressão foi testemunhada por outros dois funcionários do posto de combustível.
Briga antiga
O frentista contou acreditar que a agressão foi motivada por uma briga antiga entre ele e o policial há quatro meses. Na ocasião, o jovem estava dirigindo um carro e ultrapassou o policial, que dirigia de moto em uma rodovia junto com a esposa. Apesar de ter dado seta, o policial pareceu não gostar do ocorrido e resolver tirar satisfações.
“Ele pareou comigo na moto dele. Deu duas aceleradas do lado do vidro do meu carro. Eu não abri a janela, continuei em viagem. Mais para frente, ele deu um tapa no vidro do carro”, narrou o frentista. “Eu parei o carro, abaixei o vidro para ver o que ele precisava e ele falou assim: ‘Você quer resolver isso na porrada?’ Eu falei: ‘Não, não quero resolver nada na porrada’”, acrescentou.
Em nota, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) informou que um processo disciplinar foi instaurado para apurar o caso e que na ocasião o PM, que não teve a identidade divulgada, estava de folga. A corporação ainda informou que um boletim de ocorrência foi registrado no dia da agressão e que não compactua com desvios de condutas do agente.
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