De 23 a 29 de abril Goiânia recebe pela terceira vez o movimento Fashion Revolution, evento mundial de moda sustentável. O evento é aberto e gratuito, será realizado na Vila Cultural Cora Coralina. Com uma programação diária de mesas de debates relativas ao tema, além da exibição dos conteúdos produzidos pela equipe.
Celebrado simultaneamente em mais de 80 países, com o objetivo de informar, debater e exigir mais transparência na cadeia produtiva da indústria da moda. Além disso, o movimento deseja chamar a atenção do mercado para a geração de atitudes de consumo mais conscientes em moda por meio da reflexão proveniente da pergunta “Quem fez minhas roupas?”.
Na programação está incluído a exibição do premiado documentário River Blue, feira de trocas, projeções de fotos de campanhas de moda de marcas locais feitas pela fotógrafa Raphaela Boggi e a exposição Moda Re-Feita com peças criadas a partir do reaproveitamento de materiais descartados. As mesas de debates contam com a participação de nomes fortes do cenário da nova era da moda como a estudiosa e autora carioca do livro ‘Moda e sustentabilidade’ Lilyan Berlim.
Recebem também a designer de moda da marca Re-Roupa Gabriela Mazepa, além de coletivos, designers, influenciadores, professores e estudantes de moda goianos como Naya Violeta, Su Martins, Clube de Costura, Lilian e o jornalista de cultura Clenon Ferreira. O evento também conta com a participação e coprodução das faculdades de moda e design das universidades: UFG, UEG, PUC e UNIVERSO.
Movimento
O movimento Fashion Revolution foi criado em Londres no ano de 2013 por um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável após o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, no dia 24 de abril do mesmo ano. A tragédia chocou o mundo ao deixar mais de 1.133 mortos e 2.500 feridos, todos trabalhadores da indústria textil. Este mercado é um dos mais apontados em relação à situações de trabalho análogas à escravidão. Fábricas geralmente situadas em países em desenvolvimento que submetem trabalhadores à péssimas condições de trabalho, além de baixíssimos salários. O movimento acredita em uma postura de engajamento do consumidor de moda que deve cobrar da indústria a valorização, respeito e bem estar de seus colaboradores; a preservação do meio-ambiente; a promoção da criatividade e inovação e a distribuição do lucro dessa atividade de maneira justa.