Goiás Social doa mais de 200 perucas para mulheres em tratamento de câncer

Goiás Social doa mais de 200 perucas para mulheres em tratamento de câncer

O Goiás Social, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) e da Secretaria da Saúde (SES), entregou nesta segunda-feira (8/4), 206 perucas ao hospital Araújo Jorge, destinadas a mulheres em tratamento de câncer. As peças foram confeccionadas com material doado pela Receita Federal, apreendido pela Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF-GO), em uma operação de fiscalização de contrabando.

Todas as perucas são de cabelo natural, extraídos de parte dos 350 quilos recebidos, que também incluíam sintéticos. As pacientes contempladas são mulheres em situação de vulnerabilidade, sem condições de adquirir uma peça como as que foram doadas e cujo valor pode chegar a R$ 2 mil no mercado. O diretor de Relações Institucionais do hospital, Jales Benevides, destacou a importância da parceria com o Governo de Goiás, que trouxe um resultado tão impactante, e espera pela sua continuidade.

A responsável pela produção das perucas, Joana Diniz, disse que há 30 anos trabalha no ramo e esta é a primeira vez que vê uma ação desta grandeza. “Eu nunca tinha presenciado, nessas três décadas, um gesto de solidariedade desta dimensão, com um produto de tanta qualidade”, afirma a especialista, explicando que foram confeccionadas perucas de diferentes cores, texturas, e comprimento de cabelos.

O secretário da Seds, Wellington Matos, destacou que todas as oportunidades de apoiar os goianos em situação de vulnerabilidade, nos mais diferentes contextos, são aproveitadas pelo Governo de Goiás, por meio do Goiás Social, com a atuação de suas diferentes secretarias e pastas. “E o resultado é o que vimos aqui hoje: mulheres em tratamento de câncer, que tiveram perda dos cabelos, tendo a oportunidade de acesso a uma peruca de qualidade, capaz de proporcionar a recuperação da autoestima em um momento tão difícil por qual estão passando”, avaliou Matos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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