A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga um lutador de jiu-jitsu suspeito de cometer ao menos oito crimes contra ex-namoradas. Tiago Gomes de Oliveira, de 41 anos, é investigado por agressão física, violência psicológica, ameaça, estupro contra uma das vítimas e por transmitir infecções sexuais a outra parceira.
A prisão ocorreu no último domingo, 7, durante um campeonato no Ginásio Rio Vermelho, em Goiânia, após Thiago ameaçar matar a ex-namorada na frente de todos e, ainda, praticar injúrias contra ela. A vítima, que estava no local para acompanhar o atual namorado, acionou a Polícia Militar de Goiás (PMGO).
Segundo a vítima, durante o relacionamento, o lutador a agredia com socos, muros, enforcamentos, chutes, ofensas e muitas agressões verbais. Ele começou a persegui-la há cerca de 1 mês, logo depois que ela ficou noiva do atual companheiro. A vítima teria procurado a delegacia uma semana antes do campeonato acontecer, após receber mensagens de amigos de Thiago alertando sobre ameaças feitas pelo lutador.
Outras vítimas
Além da ex-namoradas, outras mulheres também denunciaram Thiago por crimes de violência doméstica. Algumas delas conheceram o homem por meio de um aplicativo de namoros e sofrer diversas ameaças durante o período de relacionamento.
Uma das vítimas acusa Thiago de estrupo. Segundo ela, o homem se aproveitou do momento em que a ex-namorada estava bêbada e inconsciente para estuprá-la e registrou o momento do crime. Ainda segundo a vítima, no outro dia, Thiago mostrou a gravação para ela, que pediu para apagar a filmagem, mas o suspeito se negou e disse que ‘um dia poderia precisar’ das imagens.
No domingo, 7, Thiago passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Na decisão, a Justiça decidiu manter o lutador preso, sob o entendimento de que ele oferece risco à sociedade e, principalmente, às vítimas.
Contudo, nesta terça-feira, 9, a defesa do autor entrou com um habeas corpus e Thiago conseguiu sair da prisão. A decisão do desembargador plantonista Adegmar José Ferreira entendeu que a prisão do lutador foi ilegal, pois a audiência de custódia ocorreu sem um parecer do Ministério Público de Goiás (MPGO).